terça-feira, 18 de novembro de 2008

Esperança!!!


Huhuhuhuh!!!!


Hoje tive a certeza que esperança é a última que morre. Estou feliz, mas ao mesmo tempo cautelosa. Vou esperar com tranquilidade, para não me decepcionar como há 5 anos atrás. Agora é continuar indo em busca e tentando sempre.


Agradeço à todos que acreditaram em mim. Eu fiz minha parte, Deus confiou em mim, agora é esperar que o Arruda faça a dele.


Muitooooooooooooooo Obrigadooooooooooooooo mesmo.


Hoje é um dia de muita felicidade.


Viviane Neco

domingo, 16 de novembro de 2008

CONCLUSÃO


Minhas considerações até o dia de hoje



Fica até difícil de concluir um trabalho que não gostaria que tivesse terminado.

Fica aqui a minha indignção e revolta pelo o ano estar passando tão rápido. Culpa do tempo.

Este ano foi muito especial, acredito que a cada ano que passa aprendo com todos ao meu redor.


Com meus familiares, meus cachorros, meus alunos, meus colegas de trabalho de curso, com as pessoas na rua e até com os motoristas que me atrapalham na maioria das vezes na ida para o serviço ou na volta para casa, rsrs.


Este curso foi de grande valor para minha pessoa. Pois além de ter a oportunidade de poder conhecer pessoas novas, enriqueceu meu cognitivo, fazendo com que a minha prática se tornasse mais efetiva e eficaz. Pretendo continuar investindo nos meus estudos, para proporcionar ainda mais para os meus alunos, aulas onde estão de acordo com a realidade dos meus alunos.


Hoje saio do curso transformada. Mudei algumas práticas que julguei no decorrer do curso inadequadas para uma sala de aula. Como por exemplo pedir para os alunos estudarem até quase decorar a lista de substantivo coletivo.


Já gostava da língua portuguesa, depois do curso me vejo na obrigação de continuar estudando, e quem sabe até realizar um sonho antigo, de cursar uma Faculdade de Letras.


Sentirei falta de nossos encontros de quinta-feira. Dos debates, das brincadeiras, dos lanches (brincadeira), enfim, de tudo. Na verdade, de tudo não. Menos da porteira que enrolava para abrir o portão nos dias em que mais estava com pressa.


Um beijo à todos com quem convivi, e em especial para você Adriana, minha tutora querida, que teve que me suportar, rsrs. Um abraço de bicho preguiça para você, daqueles que demora dias para largar. E até a próxima.


Viviane Neco

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ATIVIDADE DO FASCÍCULO 7


14 DE NOVEMBRO DE 2008



Eu utilizei o fascículo 7, da página 21 até a 24. A atividade trabalhada foi a 4, sobre a fábula da rã e do boi. A atividade foi aplicada para a turma de 4ª série turma "A", da Escola CAIC Albert Sabin localizada na Região Administrativa de Santa Maria Distrito Federal, no dia 14 de novembro de 2008, no turno matutino.


A história do fascículo 7 é a seguinte:


A rã e o boi


O fraco quando quer imitar o poderoso, perece.

No prado, um dia, a rã avistou um boi

E, tocada pela inveja de tão grande corpulência,

Inflou a pele rugosa: em seguida, perguntou

a seus filhos se já estava maior que o boi.

Eles disseram que não. De novo, esticou a pele

Com redobrado esforço e de modo semelhante quis saber

quem estava maior. Eles disseram que o boi.

Por fim, cheia de indignação, querendo inflar-se

mais ainda, morreu com o corpo arrebentado.


Cada um deve aceitar ser aquilo que realmente é.

(Transcrito do Correio do Livro da UNB, jan./mar. 2004).


Tive que fazer adaptações, pois nesta história quase não tem detalhes. Então contando oralmente, foi possível criar fatos que deixassem os alunos ainda mais envolvidos.


Antes de iniciar a história cantei a seguinte música:

"Era um homenzinho torto, que morava numa casinha torta, sua vida era toda torta, até que um dia a bíblia encontrou... e tudo que era torto Jesus endireitou."


Para contar a história utilizei um balão verde. A medida que ia contando os fatos, ia enchendo o balão. A cada vez que a rã perguntava se já estava como o boi, enchia ainda mais o balão, até que teve um momento em que o balão estourou.


Depois da história cantamos a seguinte música:

"E agora minha gente a história terminou, batam palmas com alegria quem dá história gostou. Trelele, tralala,Trelele, tralala,Trelele, tralala."


Esta história que traz no fascículo 7, já era conhecida.

Depois que contei a história li a moral da mesma, sendo: "Cada um deve aceitar, ser aquilo que realmente é."


Organizei um debate onde os alunos falaram suas opiniões. Trabalhei com eles as perguntas 1, 2 e 4 oralmente que se encontram na página 22 do fascículo 7.


Depois do debate, eles fizeram por escrito as perguntas 1, 2 e 4. Depois desenharam a história "A rã e o boi".


Como exemplo vou registrar 3 respostas de alunos diferentes que fizeram parte desta atividade. As perguntas e as respostas foram as seguintes:


Aluna: Evelin Dias


1- Porque a rã começou a inflar?

Por que a rã queria imitar o boi.


2- Porque a rã não conseguiu chegar ao tamanho que queria?

Porque a pele não esticava mais.


3- Que frase representa a moral da história? Como a narrativa visa levar o leitor a essa conclusão?

Cada um deve aceitar, ser aquilo que realmente é.

Porque ela queria ser outro animal e não ser o que realmente é!


Aluno: Matheus de Araújo


1- Porque a rã começou a inflar?

Porque ela é pequena e encheu o possível.


2- Porque a rã não conseguiu chegar ao tamanho que queria?
Porque a rã é pequena e o boi enorme.


3- Que frase representa a moral da história? Como a narrativa visa levar o leitor a essa conclusão?

Cada um deve aceitar, ser aquilo que realmente é.

Que a rã queria ser outro animal sendo ela mesma. E acabou se dando de mal.


Aluna: Taisa Ribeiro


1- Porque a rã começou a inflar?

Porque ela queria ser como o boi, ela tinha inveja do boi.


2- Porque a rã não conseguiu chegar ao tamanho que queria?
Porque ela estourou de tanto que a pele dela esticou.


3- Que frase representa a moral da história? Como a narrativa visa levar o leitor a essa conclusão?

Cada um deve aceitar, ser aquilo que realmente é.

Que cada um deve aceitar aquilo que é, e não invejar os outros.


Junto com as respostas interessantes, também foi possível apreciar os desenhos. Os desenhos dos alunos ficaram bem criativos.

Enquanto desenhavam ficava perguntando o que representava as figuras. As interpretações eram as mais variadas. Também tiveram a oportunidade de ler suas respostas.


As atividades escritas farão parte da pasta bimestral de cada um dos alunos.


Comentário pessoal: Meus alunos são muito críticos! Depois da história ficaram falando que a rã deveria ser muito boba, pois deveria imaginar que nunca chegaria ao tamanho do boi. Eles já tem esta percepção. Eles falavam da rã como se esta história fosse um fato verídico, e não uma fábula. Foi bom ter a oportunidade de contar esta história para eles.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

13 de novembro de 2008


VIGÉSIMO SEXTO ENCONTRO


No encontro de hoje a tutora Adriana entregou três textos sendo: "Os urubus e sabiás", "O que é um texto- retirado de Professores formadores de alunos leitores e escritores" e "ABC de Luís Fernando Veríssimo".


A colega Lindalva falou que a aula foi uma revisão de coesão e coerência.


quinta-feira, 30 de outubro de 2008

30 DE OUTUBRO DE 2008


VIGÉSIMO QUINTO ENCONTRO



Conteúdo: Coesão textual.

Fascículo 3


Fatores de textualidade

A Coesão textual e Coerência textual (Ingedore Koch)


Quais são os "fatores de textualidade"?



  • Coerência (material linguístico);


  • Coesão (material linguístico);


  • Intencionalidade (está diretamente relacionada com o escritor do texto);


  • Aceitabilidade (é do leitor);


  • Informativa (fatores pragmáticos- á prática que vai identificá-los);


  • Situacionalidade (fatores pragmáticos- á prática que vai identificá-los);


  • Intertextualidade (fatores pragmáticos- á prática que vai identificá-los).

A coesão tenta estabelecer um elo entre uma idéia e outra (harmonia interna).


A coerência é a harmonia externa.


A tutora Adriana explicou a diferença entre coesão e coerência. Leu dois textos, onde um estava sem "erros de grafia" mas um texto pobre de sentido. Enquanto o outro tinha alguns "erros", mas que era rico de idéias, tinha um sentido mais abrangente.


O texto é uma unidade de forma.


Participamos de uma dinâmica chamada disparate. Foi muito engraçada.


Cada grupo teve que escrever em fichas coloridas alguns fatos, sendo:




  • Cartolina rosa- O que aconteceu?


  • Cartolina laranja- Onde aconteceu?


  • Cartolina bege- Quando aconteceu?


  • Cartolina branca- Quem foram os envolvidos?


  • Cartolina Verde- Qual o desfecho da história?

Depois que cada grupo escreveu, a tutora recolheu e distribui as cartolinas misturadas para os grupos. Com os cartões que recebemos tivemos que escrever um texto. Nosso texto ficou bem engraçado, ficando da seguinte forma:


Uma grande confusão


Gama, 29 de outubro de 2008.


Aos 29 dias do mês de outubro do ano de 2008, na cidade do Gama, localizada no Distrito Federal, occorreu um grande desastre no CEF 09.


Era uma tarde de quarta-feira, após uma manhã muito quente. Nesta escola haviam professores que se encontravam no curso de alfabetização e linguagem e também alguns moradores da região.


Quando menos se esperava, iniciou uma grande tempestade. todos ficaram assustados. As casas ficaram destelhadas, as árvores caíram e vários objetos ficaram destruídos.


De repente apareceu um grande lobisomem e falou:


- Quem quer dinheiro?


Foi quando percebeu que estava participando do Topa Tudo por Dinheiro.


A professora Adriana gritou:


- Eu!!!


E acabou caindo da cama. Percebendo que estava sonhando.


Cada grupo leu suas fichas e seu cartaz. Depois a tutora pegou o nosso texto para analisar.


Durante a análise explicou que coesão textual estava no interior do texto. Que são recursos linguísticos que interligados sustentam a construção da coerência textual. É a coesão que liga uma parte na outra, ou seja, uma idéia na outra. A coesão sequencial faz o texto avançar, apresenta uma sequência. A coesão referencial faz referência a um texto que já foi citado.


Até a aula de hoje ainda apresentava confusão em relação a coesão e coerência, saí do curso mais aliviada.




quinta-feira, 23 de outubro de 2008

VIGÉSIMO QUARTO ENCONTRO


23 de Outubro de 2008



Ortografia- Refletir sobre normas ortográficas que podem ser compreendidas e memorizadas.

Hoje meu querido colega Roldão além de ler o caderno compartilhado, me presenteou com o mesmo.

Ouvimos a história "Um plano de aula do professor" de Sue McFadzen e "Ostra Feliz não faz pérola" de Rubem Alves.

A aula de hoje foi embasada nos estudos feitos por Artur Gomes de Morais, professor da Universidade Federal de Pernambuco.

A Tutora Adriana nos ditou quatro frases de palavras que não existem. Irei demonstrar a forma com que escrevi e a forma como que ela ditou.


1ª frase- Afatiba febo pedabe (A fatipa vebo podabe.)


2ª frase- Zambão sarrega o japequinho. (Escrevi como ela ditou.)


3ª frase- Maria linfo o jamoso peixaral. (Maria linfou o jamoso peixaral.)


4ª frase- U circuchento circujentou a Jamara. (O circuxento ortecujou a jimália.)


Depois que cada um escrevia as palavras ditadas, alguns foram até o quadro para escrever a forma como registraram. As frases ficaram bem engraçadas. A última frase foi a mais complicada de se escrever.


Em relação a 1ª frase o professor Artur Morais, fala das regularidades diretas. Que apesar de serem mais fáceis, as crianças ainda trocam o F, B, P, D, T, até pelos sons serem parecidos. Miriam Lemle apresenta isso como relações monogâmicas 1 para 1. Um som para uma letra.

Essas palavras ditadas não estão no dicionário mental das pessoas,até porque não existem. Por isso apareceram tantos registros distintos.O mesmo ocorre com muitos de nossos alunos no momento do DITADO.


Em relação a 2ª frase, o Professor Artur Morais fala das regularidades contextuais. É possível ensinar a grafia correta sem precisar memorizá-las. Exemplos: Zambão. Sabemos que o som / Z /nessa posição,ou melhor,nesse contexto, só pode ser representado pela letra Z.


Sobre a 3ª frase o professor explica sobre as regularidades morfológicas.O conhecimento gramatical nos auxiliará na compreensão das regras. É preciso compreender e não memorizar. Exemplo disso é que toda palavra que representa coleção terminada em /AU/ será com L como em “peixaral”.Exemplos: canavial,milharal,manguezal.


Sobre a 4ª e última frase, ocorre as irregularidades ou regras arbitrárias. Não há de fato regras para ajudar o aprendiz. Na dúvida consulte um dicionário e/ou memorize.

Como saber se a palavra seguro e cidade começam com S ou com C? Pesquisando no dicionário ou memorizando. Não há regra que explique isso. Também ocorre com palavras escritas com X e CH, G e J.

As frases 1, 2 e 3 podem ser relacionadas e reconhecidas. Já a 4 é preciso que memorize ou que use o dicionário. Três quartos da Ortografia da Língua Portuguesa são compreensão, apenas um quarto é memorização ou pesquisa.


A ortografia é algo recente. Foi criada para convencionar o que antes era muito variado. Antigamente a palavra farmácia se escrevia assim: PHARMÁCIA. Com a mudança das regras ortográficas eliminou-se o H. A língua é viva e por isso ocorre mudanças.

Quando uma criança está no nível pré-silábico ou silábico, não se deve trabalhar ortografia, deve-se apenas começar esse trabalho quando a criança já dominar a escrita alfabética. O professor deve repensar a sua postura em sala de aula, diante dos "erros", fazer uma triagem dos "erros", levar a refletir a respeito da regra ortográfica, indicar a consulta ao dicionário.


Complementos:

Grupo de força- é quando se junta as unidades. (bola amarela- bolaamarela)

Segmentação- é quando se separa as unidades. (então- em tão)

Monotongação- é a transformação de um ditongo em um monotongo. (queijo- quejo)


A partir da aula de hoje, vou rever os ditados aplicados de outra maneira. Procurar entender o que o aluno quer dizer. Até porque a maioria das palavras que ditamos, os alunos não estão familiarizados com elas. Uma colega do curso deu uma idéia interessante sobre um trabalho que fez com ditado. Utilizou uma música e os alunos tiveram que registrar todas as palavras que conseguiram ouvir da letra. Vou tentar fazer isso na minha sala e ver no que vai dar.


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

09 de outubro de 2008, vigésimo terceiro encontro


ORTOGRAFIA


"O momento crucial de toda a sequência da vida escolar é o momento da alfabetização."

Miriam Lemle.


Objetivo: Refletir sobre a nossa ortografia e suas convenções. Refletir sobre as convenções ortográficas no processo de alfabetização.


ORTO (correta) GRAFIA (escrita)- palavra de origem grega.

A maneira correta de falar é "erro de grafia".


Trabalhamos com o "texto bem humorado de Veríssimo acerca do Acordo Ortográfico".

O texto é muito interessante. Fala sobre as mudanças que estão ocorrendo agora no ano de 2008, com a reforma ortográfica.


Texto bem-humorado de Veríssimo acerca do Acordo Ortográfico


Os amigos reuniram-se à mesa do bar. Chegaram todos com um ar de preocupação. Sabiam que, desta vez, havia algum assunto sério a ser tratado entre as rodadas de cerveja geladíssima. Havia algo de grave na voz do Trema quando receberam a convocação por telefone. Chegaram quase todos ao mesmo tempo. O Ponto, a Vírgula, a Crase, o Ditongo, os gêmeos Acento Agudo e Acento Circunflexo, o Til – que levou o sobrinho porque não tinha com quem deixá-lo –, o Travessão e a Cedilha. O Sufixo, como sempre, chegou depois de todo mundo. Antes de pedir a primeira cerveja, o Trema foi logo falando, a voz meio embargada. Meus amigos, chamei todos vocês aqui porque o assunto é grave. Não vou enrolar porque considero vocês são como de minha família. Eu estou>no fim. Meus dias estão contados.>>O Travessão interveio, rápido.>>– Peraí. Não dá para engolir a seco uma notícia dessas. Ô, Cafu, desce>umas cervas aí, urgente, por favor!>>Alguns fizeram cara de espanto. Pura encenação. Lêem jornais,>portanto, já sabiam. Outros, como o Ditongo e a Crase, realmente se>assustaram.>>– Como assim? Você tá brincando, Tre! – disse a Crase, já com os olhos>marejados.>>– É a pura verdade. Pura e triste verdade.>>Tomou um longo gole de cerveja e explicou.>>– É a reforma ortográfica. Será implantada em 2008. Portanto, no ano>que vem eu não estarei mais aqui.>>– Não é possível! – reagiu o Ditongo, como sempre desavisado.>>– É sim. Eu mesmo li meu anúncio fúnebre na Folha de S.Paulo.>>Tira um recorte amassado do bolso da calça. Quase chorando, lê para os>amigos:>>– Abre aspas: O fim do trema está decretado desde dezembro do ano>passado. Os dois pontos que ficam em cima da letra u sobrevivem no>corredor da morte à espera de seus algozes. Fecha aspas.>>Silêncio na mesa.>>– Como vêem, são meus últimos dias. Tantos anos de serviços prestados>à língua portuguesa não valeram nada. Simplesmente decretaram dia e>hora para minha morte.>>– Meu Deus. Que absurdo! – reage a Cedilha, lutando para segurar as>lágrimas.>>– Pois é. Inventaram que é preciso unificar a ortografia entre os oito>países que usam a língua portuguesa. Argumentam que isso vai aproximar>as culturas. E eu, amigos, serei oferecido em sacrifício.>>Há um misto de perplexidade, revolta e pena em volta da mesa.>– Algum burocrata da ortografia decidiu que eu sou inútil. Acham que>eu ungüento aguado.>>– Aguado pode ser. Ungüento, não. Unguento – protesta o Travessão, sob>o olhar de reprovação geral.>>– Desculpe, mas vocês sabem: eu perco o amigo, mas não perco a piada.>>O Trema procura ignorar. Conhece o amigo há décadas. Sabe que ele não>perde a velha mania. Continua a conversa lamuriante.>>– Ainda quiseram me consolar, dizendo que eu, companheiro de vocês em>tantas jornadas, sobreviverei em nomes próprios. Balela. Eu>sobreviveria na Alemanha, com seus Günter e Müller da vida, mas aqui,>no Brasil, meu destino está selado.>>Pedem mais cerveja.>>– Por isso eu chamei vocês. Fiz questão que fosse aqui no Bar Azul,>que a gente freqüenta desde o tempo da faculdade. Aqui comemoramos>momentos felizes e choramos momentos tristes. Logo, só vocês poderão>freqüentar aqui. Eu serei apenas lembrança. Aliás, nem vocês poderão>freqüentar. Terão de frequentar.>>Todos se abraçam. Alguém propõe um brinde, dizendo que a amizade entre>o grupo permanecerá para sempre, mesmo que um dia reste apenas um para>beber no bar. É nesse momento que notam a ausência do Hífen.>>– Alguém sabe dele? – pergunta o Trema.>>O Acento Agudo sabe.>>– Não vem. Está deprimido. A reforma ortográfica também mexeu com ele.>O Hífen não será mais usado quando o segundo elemento começa com s ou>r. Ele já sabe que nesse caso será substituído pela duplicação das>consoantes. Sacaram? No futuro só haverá antirreligioso, contrarregra,>antissemita. Ele também deixará de ser usado quando o prefixo termina>em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente, como>extraescolar, aeroespacial e autoestrada.>>– O Hífen nunca lidou muito bem com as perdas da vida – lembra o>Trema. Mas pelo menos ele vai continuar existindo.>>– Todos nós saímos perdendo com essa reforma – pondera um dos gêmeos.>>– Eu, Acento Circunflexo, por exemplo, vou ser defenestrado das>terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo>dos verbos 'crer', 'dar', 'ler', 'ver' e seus derivados. Quando vocês>lerem 'crêem', 'vêem' 'lêem' e 'dêem' sentirão minha ausência. Também>vão me tirar das palavras terminadas em hiato 'oo'. Quem tiver enjoo>no voo não terá minha companhia.>>Seu irmão gêmeo também choraminga.>>– Vocês sabem que tudo que afeta meu irmão afeta a mim também –>intervém o Acento Agudo. Eu perderei minha função nos ditongos abertos>'ei' e 'oi' de palavras paroxítonas. Não me querem mais em 'idéia',>'assembléia', 'jibóia' e 'assembléia', por exemplo. Também ficarei de>fora nas palavras paroxítonas, com 'i' e 'u' tônicos, quando>precedidos de ditongo. 'Feiúra' e 'baiúca' passarão a ser 'feiura' e>'baiuca'. Mas nesses casos tudo bem. Eu nunca gostei de 'feiúra' e>'baiúca'. Duro mesmo é saber que serei extirpado sem dó nas formas>verbais que têm o acento tônico na raiz, com 'u' tônico precedido de>'g' ou 'q' e seguido de 'e' ou 'i'. Modéstia à parte, sempre me>orgulhei de dar um ar aristocrático a algumas formas de verbo. Ouçam>bem: 'averigúe', 'apazigúe', argúem'. Sem mim, isso não terá a menor>graça.>>– Só sobreviveremos em nossa integralidade nos livros da Antigüidade>-, observa o Trema, melancólico. E pensar que até Antigüidade vai>virar antiguidade... Imagine as conseqüências dessa mudança. Quer>dizer, as consequências...>>A esta altura, já estão todos meio embriagados. O Ponto, sempre>otimista, lembra que pelo menos um membro da turma sairá ganhando com>a reforma.>>- O Alfabeto, gente. Vão incorporar ao Alfabeto as letras k, w e y.>>- É por isso que ele não veio – explica a Vírgula. Disse que ia na>Leroy Merlin porque agora vai ter de aumentar a casa.>>Alguém chama o garçom.>>- Cafu, mais cerveja. Nós vamos agüentar firme, aqui com o Trema.>Vamos abrir uma trincheira etílica em defesa do nosso velho e bom>amigo.>>Propõem outro brinde. E voltam a chamar o garçom, que já se distanciava.>>- Traz também uma porção de lingüiça calabresa. Sem cebola. Mas não>esquece do trema, por favor!


Deve-se frizar que a mudança é na ortografia e não na língua.


E estas mudanças está dando o que falar em nosso curso. Imagine na sala de aula... Os alunos também gostam de ficar perguntado sobre o que mudou e o que continua. Então tenho que pegar o embalo e explicar o que querem saber.

A tutora Adriana falou sobre o Guia teórico do alfabetizador de Miriam Lemle e Guia prático do alfabetizador de Marlene Carvalho.

Quando ela começou a falar dos guias, senti como se tivesse na época da faculdade. Até porque tive que ler os dois. Em minha dissertação da graduação pode ser encontrada algumas citações de Marlene Carvalho. Apesar de serem guias antigos, muitas coisas podem ser aproveitadas. E eu ainda aproveito-as.


No encontro de hoje debatemos sobre dislexia e outras dificuldades. Pude falar da minha experiência com uma aluna que tem este distúrbio. Apesar do cansaço fiz alguns comentários...

Miriam Lemle, afirma que é importante brincar de ler com a criança (trabalhar algo que elas já conheçam como música, rima, poesia). Quando trabalhava com turmas de alfabetização fazia isto. E dá certo. Mas é um trabalho lento e longo. É preciso se empenhar e acreditar no trabalho que está sendo realizado.

Foi explicado sobre a alfabetização de 1ª ordem e de 2ª ordem. Onde na 1ª é trabalhada as letras p/b/t/d/f/v/a. Segundo Miriam Lemle. E na 2ª a criança começa a perceber que um som pode ser representado por várias letras. E uma letra pode representar vários sons.

Para maiores esclarecimentos recomendo ler o Guia teórico do alfabetizador de Miriam Lemle e o

prático de Marlene Carvalho.


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

02 de outubro de 2008, vigésimo segundo encontro


Mudança Linguística (fascículo 6)



"A língua é o primeiro arame farpado da ascensão social." Lucília Garcez


Hoje o início da aula foi bem interessante. A tutora Adriana fez um comentário sobre uma postagem minha sobre a evolução da palavra FRUTA segundo os meus alunos. Me senti honrada pelo comentário e por saber de sua repercussão. Para saber mais detalhes do assunto, vá até o blog da Adriana http://sadrianna-expresso.blogspot.com/ e confira o que diz no artigo "Coisa de Criança! Será???


Trabalhamos com o texto "Emília no País da gramática" de Monteiro Lobato de 1936/1940. Que apesar de ser antigo é totalmente inovador. No próprio texto traz a evolução da língua que só veio ocorrer alguns anos depois. Interessante saber que as línguas mudam, e que a sociedade faz parte desta evolução. A língua é viva, e está em constante mudança. Devemos nos atentar a isto.

Falamos da crítica de Luís Fernando Veríssimo às cartilhas. Que as cartilhas não são para crianças e sim para adultos que já estão cansados. Que a criança está pronta para aprender qualquer coisa e mais um pouco. Basta sabermos lidar com toda sua curiosidade.

O Objetivo do curso é a reflexão, é instigar as pessoas a irem em busca da explicação da variante linguística. Nada na língua é por acaso.

Será que iremos conseguir ver esta evolução? VELHO- VEIO- VEI


Por que as línguas mudam?


Devido fatores internos e externos.

O que impulsiona as mudanças?

* Moda- Bele (beleza); moto (motocicleta).

* Influência estrangeira- Shopping.

*Necessidades sociais- Grandes acontecimentos sociais (revolução do capitalismo influencia mudanças).

*Relações de poder- mudanças nas relações da comunidade e etc.

*Anatomia humana- fator interno,porque a fisiologia dos orgãos da fala condiciona a isso.

Queijo- quejo (a fala permite a omissão do som do I);

Peito-peto ( a fala não permite a omissão do I).


No fascículo 6 estudamos a força centrípeta, que coloca no centro a ESCOLA.

A mídia reforça o preconceito linguístico.

Ex.: Problema- pobrema.

Força centrífuga é o falante, por mais que a luta seja injusta o vencedor é sempre o falante.

A reforma é na escrita e não na fala, na língua.


Meus alunos já estão cientes da reforma ortográfica. Nas aulas ficamos comparando como utilizamos as regras, e como deverão utilizá-la depois da reforma. Eles até concordam que com a reforma fica mais fácil de escrever, por não tem o hábito de utilizar acentos, trema hífem.

Vou demorar a me acostumar, mas vou tentar. Assim como tuda muda, a língua também se transforma.


terça-feira, 30 de setembro de 2008

A DOR DE UMA PERDA...


SAUDADES ETERNAS...


Hoje será um dia em que me lembrarei com grande tristeza. Sou apaixonada por meus cachorros, tenho-os como se fossem meus filhos, e hoje perdi um deles. É com muita tristeza e um aperto muito grande no meu coração que digo Adeus ao Lion Black. Lembrarei dos momentos alegres e divertidos que passamos juntos. Tentarei esquecer sua partida, pois ela me corta o coração.

Que Deus me perdoe e conforte meu coração. Para aqueles que acreditam no amor de uma pessoa pelo seu cão, deve saber como estou me sentindo.

Foi tentando acertar que errei.

Saudades eternas meu Lion Black. Vou te guardar no meu coração. Desculpe por não ter feito algo para impedir esse trágico acidente.

Adeus.

sábado, 27 de setembro de 2008

PRODUÇÕES DE SALA DE AULA


REESCRITA LITERÁRIA


Estas produções, foram resultados de um trabalho de leitura e debate realizado em sala de aula no dia 26 de setembro de 2008.
Os alunos da 4ª série da Escola CAIC Albert Sabin, localizada em Santa Maria Distrito Federal, ouviram a história Ana Levada da breca de Maria de Loudes Krieger, da editora Moderna.
Depois do conto, tiveram a oportunidade de reescrever a história da forma com que a interpretaram. As história ficaram bem semelhantes.
Este trabalho de leitura e produção literária, vem sendo construído desde o mês de abril. De lá para cá, já foram feitas muitas e diversas histórias. Cada aluno tem um livro chamado Mundo Literário. Além de produzirem, também ilustram a história que fazem. É um trabalho demorado, mas que vale a pena fazer.
A cada dia que passa, estão melhorando e gostando do que fazem. As histórias que conto, são escolhidas por meio de votação e os próprios alunos trazem opções de livros de casa e também pego na biblioteca da escola. Tudo que fazemos, é feito com democracia.
Antes de iniciar a história cantamos a seguinte música com gestos:

Era um homenzinho torto.
Que morava numa casinha torta.
Sua vida era toda torta.
Até que um dia a Bíblia encontrou.
E tudo que era torto.
Jesus endireitou.
E tudo que era torto.
Jesus endireitou.

Depois de contar a história, cantamos outra música com gestos:
E agora minha gente a história terminou.
Batam palmas com alegria quem da história gostou.
Trelele, tralala, trelele, lalalala.
Trelele, tralala, trelele, lalalala.

Segue abaixo algumas das maravilhosas histórias que se pode encontrar nesta turma. Futuros escritores brasileiros de histórias infantis...


ANA LEVADA DA BRECA


Aquele era o dia de Ana. Um dia lindo, ensolarado e bom para fazer travessuras. Apertar a campainha, dar piruetas, jogar futebol e brigar por coisas bestas. Ela brigava, apanhava, corria e batia.
Sua mãe quando com ela brigava, sempre falava da sua prima Lia. Que era o exemplo da família. Não corria, não batia, não brigava, não dava piruetas por coisas bestas.
Até que um dia, Ana resolveu mudar. Resolveu ser igual à prima. Não mais batia, não brigava, não jogava futebol...
Ela estava comportada e era elogiada. Porém, estava muito triste, nem mais brigava com o irmão...
Ana não agüentava mais, ela queria pular, correr e fazer o que fazia antes. E quem mais gostou da idéia foi a sua mãe.
MORAL DA HISTÓRIA: Seja quem você é e sempre foi. Pois por experiência própria, um dia eu tentei mudar. Mas não consegui, porque eu sou assim e nada vai mudar.


MARQUES, Laressa. Brasília, D.F. 2008.


ANA LEVADA DA BRECA


Era uma vez, uma menina que se chamava Ana. Ana era uma menina muito levada. Sempre quando chegava da escola, corria por toda a casa, também chegava descabelada porque em todo recreio, Ana brincava de futebol com os meninos. A mãe dela reclamava muito:
- Ana! Porque você não é como sua prima Lia?
Lia, era a prima de Ana, Lia era comportada, arrumada e educada.
Ana, de tanto ouvir reclamações da mãe resolveu mudar. Não corria pela casa, não brincava mais de futebol no recreio, deixou de ser a Ana Levada da Breca. A vida de Ana escureceu, não sorria, não cantava, não gritava. Então ela ficou muito, muito, mais muito triste.
Ana começou a pensar que todas as Lias do mundo eram tristes. Ana tomou uma decisão, iria voltar a ser como antes. Voltou a correr, cantar, brigar, gritar e ser feliz. Com essa mudança, a mãe que ficou feliz de ter de volta a Ana Levada da Breca.


RIBEIRO, Taísa. Brasília, D.F.2008.


ANA LEVADA DA BRECA


Aquele era um dos dias em que Ana mais gostava, “Dia de sol”. Dia de ir correndo para a escola, apertar a campainha para que o som se espalhasse por toda a casa, chegar e falar:
- Cheguei!
Dia de dar cambalhotas, de brincar com os meninos...
E dia que Ana não esperava que chegasse sua prima Lia.
Sua mãe sempre dizia:
- Porque você não é como sua prima Lia?
Todo dia Ana escutava a mesma coisa, e se cansou de ouvir. Resolveu mudar. Não iria correr para a escola, apertar a campainha para que o som se espalhasse por toda a casa, chegar e falar:
- Cheguei!
Não dava mais cambalhotas, não brincava com os meninos.
Sua mãe se sentia muito feliz.
Daí Ana percebeu que Lia era assim por que tinha a tristeza...
Sua mãe não queria mais que Ana fosse quieta. Ela queria de volta a Ana Levada da Breca.
Daí por diante Ana passou a ser o que era antes.
Um dia Ana estava dando piruetas, quando quebrou seu nariz...


RHAVANY, Ashiley. Brasília, D.F. 2008.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008

FRAUDES.... CHEGA!!!


Na vida, acontece de tudo, mas de tudo mesmo.

Este tudo parece muito das vezes injusto. Acredito que realmente seja injusto.

Vivemos num país e em uma época de corrupção e malandragem.

Quando dizem que se precisa de QI (quem indique), não é mentira.

Gostaria de expressar minha revolta, com as fraudes de concursos públicos.

Do que adianta estudar, se sempre tem alguém para passar a perna?

Horas e horas olhando para letras intermináveis para quê? Para simplesmente dizer: Não foi dessa vez... Quem sabe na próxima...

Estou cansada de bater na trave!!! Essa BOLA tem que entrar, ou de um jeito ou de outro.

Por que muitos conseguem e fico a ver navios?

Que neste ano eleitoral, as pessoas possam realmente escolher seus representates de maneira satisfatória. As coisas do jeito que estão não dá para continuar!!!

Não vou desistir. Tenho esperança. Acredito na educação e vou continuar fazendo a diferença.

Obrigada à todas aquelas pessoas que acreditam em mim. Pretendo não decepcioná-las!

NÃO À CORRUPÇÃO!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

VIGÉSIMO ENCONTRO


MUDANÇA LINGUÍSTICA (FASCÍCULO 6)


Hoje antes do início da aula, teve uma discussão sobre temas diversos, como avaliação, gramática, conteúdo, coletividade, ingenuidade dos alunos e outros. O bom destes debates, é poque acabamos fazendo um paralelo com nossa sala de aula. Eu tenho muitos alunos ingênuos. Assim como também tenho alunos que já falam sobre sexo, drogas e espancamento (muito triste isso!).

Depois pudemos ouvir a leitura do caderno compartilhado. A colega Márcia nos deu este prazer.

Tivemos a oportunidade de cantar a música "Como uma onda" Lulu Santos. A música traz boas lembranças... E a vida realmente é como a onda do mar. As coisas vão e voltam e nunca é a mesma coisa.

A tutora fez um paralelo da música com o fenômeno mudança.

A língua está em constante transformação. É como uma onda que vem e vai.

Na língua, o velho e o novo convivem juntos.

Língua- museu ou máquina do tempo? Acredita-se que seja uma máquina do tempo. Pois tem a oportunidade de viajar pelas várias épocas e anos.

Pudemos analisar o texto de Francisca da 5a série (fascículo 6). Ela falava FRUITA, e os colegas riram e falaram que era FRUTA. Desde aquele dia a fruta nunca mais teve o mesmo sabor.

Por causa de uma letra, ela deixou de ficar falando a palavra. Isso acontece muito nas escolas, já aconteceu comigo. Eu falava ROVIÁRIA (RODOVIÁRIA), OMBINUS (ÔNIBUS), entre outras. Apesar de fazer muito tempo, eu nunca me esqueci de que minha professora me fez copiar estas palavras várias vezes.

É necessário respeitar a fala dos outros, evitando constrangimentos. Quando algum aluno meu tenta discriminar um colega pelo que falou, ou pela forma que falou, já evito a situação. Explicando que é preciso respeitar a forma com que o outro fala.

Antes o Fruita fazia parte da variante mais antiga. Isso é mais um motivo de não criticar a fala do outro.

Ninguém fala como se prescreve a gramática. A gramática é uma ideologia. Faz parte da norma padrão em um momento da língua.

Nós professores estamos em uma sala de aula, para ensinarmos a norma padrão.

A tutora contou um trecho bíblico, que consta no fascículo 6. Neste trecho, mostra que já muito antigamente, as pessoas eram assassinadas pela forma com que falavam (LOUCURA ISSO!).

MUDANÇAS: FRUCTA-FRUITA-FRUTA (Estudo sincrônico da língua).

Observação: Labov é o pai da linguística

Depois da aula, no outro dia com meus alunos, citei a história da FRUITA, e eles disseram que daqui a algum tempo a palavra FRUTA será apenas FUTA. Porque sem o R fica mais fácil de falar. Acho que eles têm razão.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

AUTO AVALIAÇÃO


REFLEXÃO


Procuro estudar com regularidade os conteúdos das aulas dadas. Pois, além de ler os módulos indicados, procuro fazer pesquisas sobre o tema abordado e sobre outras curiosidades. Acredito também que tenho apresentado bom desempenho no curso. Procuro fazer as atividades, os trabalhos, as leituras e outros exigidas na disciplina pontualmente.
Em relação aos encontros, faltei uma única vez, pois meu carro quebrou. Mas mesmo assim me apresentei ao encontro para justificar a minha ausência.Nem sempre sou pontual em relação aos horários do encontro semanal, devido há algunsequívocos.
Procuro estabelecer relação entre o conteúdo abordado na disciplina e outros conteúdos ou fatos já conhecidos, pois acredito que um dos objetivos do curso seja este.Tenho realizado leituras e pesquisas além daquelas propostas no curso. O bom cursista é aquele que não se prende somente às leituras indicadas. É preciso sempre estar em busca de novas leituras. Quanto à construção do meu Portfólio, já realizei vários trabalhos, os mesmos constam em meu Portfólio virtual.
O Portfólio contribuiu para a construção dos meus conhecimentos, e para minha competência em escrever. Apesar de não ser adepta ao Portfólio, procuro desempenhar as tarefas designadas a mim da melhor forma possível. Por isso, acredito que por meio das reflexões produzidas, pude perceber que a cada dia que passa, temos que formar bons leitores ativos e críticos, a fim de acabar com sistemas que apenas fazem com que alunos decorem regras gramaticais e ortográficas. Em relação a minha competência de escritora, sempre gostei de escrever, não tenho dificuldades para esta atividade. Mas com a atividade do Portfólio, relembrei meus tempos de faculdade, o que foi muito bom. Ler e escrever é um hábito que todos devem ter.Os conteúdos e as práticas desenvolvidas em sala de aula têm contribuído para a minha aprendizagem de forma muito significativa, mas a muito ainda para se aprender.
Em uma escala de 0 a 10, atribuo à minha aprendizagem/comprometimento em relação ao curso 9 , porque... ainda falta um pouco mais para ser 10. Acredito que ninguém está totalmente completo em relação ao conhecimento. Por isso prefiro sempre estar indo em busca do meu melhor, para poder oferecer o melhor aos outros.Minhas críticas e sugestões são: Que os cursos de aperfeiçoamento possam ser oferecidos a muito mais pessoas. Que os próprios professores possam valorizar ainda mais a oportunidade que o governo oferece. Deixar a indisposição para as coisas ruins, e aumentar a vontade de investir em estudos que visem uma melhor formação profissional.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DÉCIMO NONO ENCONTRO


QUINTA FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2008


Antes de começar a relatar sobre o encontro e de fazer paralelo com minha sala de aula, gostaria de prestar uma homenagem, à todas aquelas pessoas que estiveram envolvidas direta e indiretamente no acidente de 11 de setembro de 2001. Onde terroristas chocaram aviões contra as Torres Gêmeas nos Estados Unidos. Que as pessoas não se esqueçam e nem se conformem com tamanha tragédia. Que Deus possa confortar a família destas pessoas....


Na aula de hoje, estudamos Mudança Linguística (fascículo 6).

Escutamos a história "O menino que carregava água na peneira."

A aula foi em relação ao filme "Desmundo". Um filme que chocou algumas pessoas do curso. Na verdade, quando me lembro do filme, me embrulha o estômago. Também preciso fazer uma ressalva sobre uma postagem em relação ao filme que assistimos. Tenho a alegria de dizer, que apesar de tanta crueldade, tenho um esposo muito companheiro e que jamais fez comigo o que aquele homem fez com a mulher do filme. Como não posso fazer com que todas as pessoas tenham bons maridos, gostaria de enfatizar que sou muito feliz com o meu.

Voltando ao assunto da aula, fizemos um debate sobre o filme. Respondemos 4 perguntas e demos enfoque à uma cena que nos chocou muito, que foi o momento em que a Mocinha foi entregue como uma COISA àquele homem.

A linguagem que utilizavam no filme era confusa e diferente. O idioma era o português, mas pouco entendi, foi necessário legenda para compreender.

Apareceram as seguintes expressões:

Pode irribar- levantar

Mutias- muitas

Vinde- venham

Deriba- desce

Gracias- obrigado

Desposar- casar

Também falavam frases que hoje já não fazem parte do nosso contexto como:

Parir pelo sovaco;

besta tu és;

mui desejadas.


As mulheres eram tratadas como bichos. Um exemplo de bicho é o cavalo, onde uma senhora olhava os dentes das meninas, para saber se estavam bem conservadas.

As roupas que usavam cobriam todo o corpo.

A igreja católica estava presente, pregando o catolicismo e explorando a mão de obra dos índios.

A mulher do filme era uma guerreira, apesar de achar que ela nadou, nadou, nadou e morreu na praia. Pois não conseguiu se livrar daquele marido grosso, e ainda teve o homem que amava assassinado.

Realmente, a vida não é da forma que queremos...

Em uma aula de história com meus alunos, falamos da doutrina católica, e eles mesmos chegaram a conclusão de que os índios na maioria das vezes eram tratados como os escravos. Que as mulheres não tinham os mesmos direitos que os homens, e que até hoje existe a discriminação.

Sobre estas palavras citadas anteriormente, levei para sala de aula, e pedi para que tentassem adivinhar o que significava. Para a palavra MUTIAS eles acertaram. Para a palavra DESPOSAR acharam que significava DEPOIS. Para IRRIBAR, falaram que era CHORAR. Eles têm uma imaginação bem criativa.

Aproveitei o assunto para falar que a língua portuguesa é uma língua viva, e que esta em constante mudança, mesmo que lenta. Falei sobre as novas normas e alguns já estavam sabendo.

Devemos estar preparados para mudanças. Acredito que já esteja.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

ENCONTRO NA FEIRA DO LIVRO


PALESTRA DE LUCÍLIA GARCEZ



Hoje nosso encontro foi diferenciado. Nos encontramos na feira do livro para apreciar as palavras de Lucília Garcez e ter a oportunidade de conhecer suas dicas. A escritora afirmou em sua palestra que para o aluno gostar de leitura existe vários fatores que poderá influenciar de forma significativa, como um ambiente favorável, influência positiva, o conto, o despertar pelo mundo literário, a escrita, a reestruturação textual, o apoio oferecido ao aluno, dentre outros fatores. O que a escritora afirmou, também já acreditava que é necessário (apenas não lancei livros, rsrs).

Seria legal se os pais viessem visitar a feira do livro, assim poderiam estar incentivando seus filhos ainda mais.

A palestra durou cerca de 30 minutos e depois os colegas ficaram decepcionados porque não tiveram a oportunidade de ouvir Marcos Bagno, pois o mesmo não apareceu.

Durante a palestra registrei momentos inesquecíveis.

Acabei encontrando com uma professora de faculdade a Márcia Amorim. E é lógico, troquei algumas palavras com Fernando Franco, e contei que meus alunos ficaram maravilhados com seu autógrafo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

FEIRA DO LIVRO


VISITA À FEIRA DO LIVRO


Na segunda-feira, levei 5 dos meus alunos para a Feira do Livro. Foi ótimooooooooooooo. Eles amaram. A única coisa ruim foi o ônibus ter atrasado.

Os alunos tiveram a oportunidade de escolher os livros, de passear, conhecer escritores, tiraram fotos com alguns deles e receberam até autógrafos. Eu fiquei maravilhada, imagine eles.

Foi uma tarde dos deuses.

Valeu a pena. Lamentaram apenas pelo tempo tão curto.

Que no próximo ano possamos levar mais alunos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

MUNDO LITERÁRIO


DESCRIÇÃO DO TRABALHO COM O MUNDO LITERÁRIO



No início do mês de abril, comecei com meus alunos de quarta série, um projeto onde eles mesmos estariam criando seu livro com histórias recontadas por eles. Para a escolha do nome do livro, foi feita uma votação onde puderam opinar livremente (foi uma comédia).

Desde este mês já produzimos mais de 15 histórias. Algumas histórias são divididas em primeira e segunda parte devida sua extensão.

Primeiro conto uma história, faço as devidas orientações e os mesmos iniciam seu reconto. Algumas vezes mudam o final da história, acrescentam fatos novos, fazem em forma de poesia, narrativa, anúncio de vendas e outros. Depois de dissertarem, os alunos fazem as ilustrações de acordo com a história.

Todas as histórias produzidas passam nas mãos dos próprios colegas, para depois chegar nas minhas. Fazemos a reestruturação juntos, para que possam mudar algo se necessário. ´

Depois destes 4 meses, percebo grande progresso entre eles. Em especial o da minha aluna com Dislexia e a outra com Deficiência Mental. As duas realmente me surpreenderam.

A cada dia que passa fico mais feliz e emocionada com o progresso dos alunos.

Eu acredito na educação, e por isso estou fazendo a minha parte (coloco a cabeça no travesseiro e durmo com o sentimento de dever cumprido).

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

RELATOS DO DÉCIMO SÉTIMO ENCONTRO


28 de agosto de 2008, quinta feira



No encontro de hoje, assistimos o filme "Desmundo", de Alain Fresnot obra baseada no livro "Desmundo" de Ana Miranda em 1570 séc. XVI.


O filme tem imagens marcantes, apesar de ter que assistí-lo com olhar de pesquisador, fiquei muito chocada com a realidade que ainda nos volta. Uma realidade cercada de violência e desrespeito, prefiro tentar fechar os olhos para isto.

A tutora nos deu algumas questões, mas que serão respondidas apenas no próximo encontro, pois será uma atividade em grupo.

Fiz algumas anotações, mas prefiro comentá-las depois da próxima aula.

Mas enquanto o dia não chega, relato aqui a minha decepção com os homens do século XVI. Agradeço à Deus por ter nascido em outra época.



quinta-feira, 14 de agosto de 2008

AULA DÉCIMA SEXTA

EXPLICAÇÕES

Hoje tive que me ausentar do nosso curso semanal por força maior. Estou com difteria, uma infecção na garganta que pode ser transmitida por pequenas gotículas de saliva. A infecção já está tão avançada que afetou meu ouvido do lado direito. As coisas não estão sendo fáceis, mas estou levando. Tive muita vontade de ir ao curso, mas fui tomada por uma imensa dor de ouvido, de cabeça e da própria garganta. Acreditei ser mais apropriado ir ao hospital tomar mais uma injeção.
Desde já agradeço a compreensão e fica aqui meu total desejo de que a aula seja maravilhosa.
Beijos a todos.
P.S.- Sei que semana que vem é minha semana de levar o lanche... Vou providenciar algo gostoso para nós, junto com minhas colegas.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

RELATOS DO DÉCIMO QUINTO ENCONTRO

07 DE AGOSTO DE 2008

“Os gêneros não são entidades naturais como as borboletas, as pedras, os rios e as estrelas, mas são artefactos culturais construídos historicamente pelo ser humano”.
Marcushi


Conteúdo: Gêneros e tipos textuais (fascículo 2).

Leram o caderno da leitura compartilhada.
A tutora contou uma história maravilhosa, fiquei super encantada. O livro chamava-se “O carteiro chegou”. Na história pode ser encontrado carta, convite, cartão postal e outros. Pegamos no livro e vimos o quanto ele é bom para se trabalhar em sala de aula.
Os gêneros são ilimitados acompanham as mudanças sociais. E o tipo textual é uma construção e é limitado.
O próprio livro didático não diferencia tipo de gênero. Gênero é a materialização da ação humana. Tipos: narrativo, descritivo, argumentativo, expositivo e injuntivo.
Intergenericidade é um gênero com formato de outro. O que prevalece é a função e não a forma.
Jaculatória é um gênero do domínio religioso.
Quando um texto há predominância narrativa diz-se que ele é um texto narrativo, mas em um texto pode ser encontrado outros tipos, mas o que prevalece é o que predomina.
Carta pessoal é um gênero.
Um texto é tipologicamente variado, ele é heterogêneo.
Continuamos analisando os slides. Lemos um texto de “Um novo José” e era um artigo de opinião, e eu achei que fosse um poema.
Assistimos despedida de uma vogal. Foi muito engraçado. Fizemos uma análise de duas partes de um texto. Eu pensei que fosse uma carta pessoal, de uma mulher que mandava um recado para um homem, mas na verdade, estava falando do sono. Um texto muito bom por sinal.
Hoje estava um pouco indisposta, mas a aula conseguiu me envolver de tal forma, que quando acabou, nem acreditei.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

RELATOS DO DÉCIMO QUARTO ENCONTRO

31 DE JULHO DE 2008

“Cada um lê com os olhos que tem
E interpreta a partir de onde os pés pisam.”
Boff

Conteúdo: Gêneros e tipos textuais (fascículo 2).

A aula iniciou-se com uma dinâmica já conhecida. Onde cada um de nós teríamos que entregar o presente para uma pessoa que achássemos engraçada, alegre, dedicada, organizada, que transmitia paz e outros. Ao final, todos puderam desfrutar dos chocolates que tinham dentro da caixa de presente.
Hoje a aula fez com que eu abrisse os olhos para algo que nunca havia me chamado atenção, estou falando da Mini-série da TV Globo “Hoje é dia de Maria”.
Todos os capítulos estavam ligados diretamente ao mundo imaginário. Cada história fazia um paralelo com histórias literárias. Algumas das histórias nunca nem tinha ouvido falar.
A cada capítulo, a tutora iria explicando com qual história fazia paralelo. Os próprios colegas fizeram comparações.
Na mini-série “Hoje é dia de Maria”, havia narrador, cantigas de roda, ditados populares e outros. O objetivo desta mini-série é o resgate da infância por meio de sonhos.
As comparações foram muito interessantes, até estou pensando em procurar nas locadoras este arquivo para poder analisar melhor a história.
Depois da análise, a tutora explicou as três apostilas que nos entregou. Pediu para fazermos a atividade 8 do tangran. Onde tínhamos que descrever figuras formadas com o tangran, e pedir para os outros colegas adivinharem, foi muito interessante, estou pensando em fazer a brincadeira em minha sala de aula. Descrevi a figura 14 (esta sentando com os joelhos juntos e com uma pequena inclinação da cabeça) e a figura 11 (esta pulando para agarrar uma bola).
Fizemos análises das descrições dos colegas. Realizamos a auto avaliação do encontro.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

CONSIDERAÇÕES ATÉ O DIA DE HOJE


CONSIDERAÇÕES FINAIS DO SEMESTRE


O professor pode e deve fazer uso do lúdico como um recurso que auxiliará no desenvolvimento do aluno, além de ser uma nova e prazerosa maneira de ensinar brincando. O aluno quando é instigado a gostar da leitura, aprende a ver o mundo com outros olhos, passa a interpretar as situações do mundo real por meio das viagens que faz ao mundo do faz de conta, por meio da leitura dos textos e das imagens dos livros infantis. Além de poder transmitir suas emoções pelos jogos e brincadeiras. Poderá se expressar sem ter medo errar.
Por meio da leitura o aluno pode ser incentivado a melhorar a escrita, ser criativo, poderá se divertir, distrair, soltar a imaginação para poder produzir e ainda propicia o desenvolvimento da aprendizagem.
Quando o lúdico é utilizado como uma prática didática metodológica para o processo de construção do conhecimento na Educação dos alunos, os professores e os alunos só terão a ganhar. Os alunos irão se interessar mais pela leitura, tornando-se mais criativos, afetivos, inteligentes e compreensivos. E o professor por sua vez estará favorecendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e psicomotor dos alunos.

MENSAGEM...




“O bom leitor não se faz por acaso. Quase sempre é formado na infância, antes mesmo de saber ler, através do contato com a literatura infantil e de experiências positivas no início da alfabetização.”


Marlene Carvalho

MINHA PESQUISA....


REFLEXÃO SOBRE DISLEXIA

Alguns comentários da área do senso comum criticam a dislexia, visam-na como uma doença adquirida por falta de interesse, preguiça, falta de acompanhamento dos pais ou até uso de metodologia inadequado utilizado pelo professor. A dislexia não pode ser vista apenas como uma doença adquirida, pois se for assim, as suas causas, sintomas e sinais se perderão no meio de tantas informações na maioria das vezes inúteis.
A dislexia deve ser vista como um distúrbio genético e hereditário que faz com que a pessoa apresente dificuldade em ler, escrever, compreender, falar publicamente, não ter noção de espaço e tempo. Algumas vezes a dislexia pode ser adquirida, mas não pelas opiniões citadas no início do texto, mas pode ser adquirida por algum acidente, comprometendo os ligamentos e as funções do lado esquerdo do cérebro.
Para que a dislexia possa ser tratada adequadamente, primeiramente é necessário que a família e o professor observem o comportamento da criança. Se a mesma apresentar sinais de dislexia, o mesmo deve encaminhar para uma equipe de especialistas como o psicopedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta, psicólogo e outros. A criança sendo diagnosticada como disléxica, deverá ter um tratamento adequado a fim de evitar o fracasso inesperado.
O professor, o psicopedagogo e a família podem fazer uso do lúdico como um recurso que auxiliará no tratamento da dislexia, além de ser uma nova e prazerosa maneira de ensinar brincando. O aluno disléxico quando é instigado a gostar da leitura, aprende a ver o mundo com outros olhos, passa a interpretar as situações do mundo real por meio das viagens que faz ao mundo do faz de conta, por meio da leitura dos textos e das imagens dos livros infantis. Além de poder transmitir suas emoções pelos jogos e brincadeiras. Poderá se expressar sem ter medo errar.
Por meio do lúdico o disléxico pode ser incentivado a gostar da leitura, melhorar a escrita, ser criativo, poderá se divertir, distrair, soltar a imaginação para poder produzir e ainda propicia o desenvolvimento da aprendizagem.
Quando o lúdico é utilizado como uma prática didática metodológica para o processo de construção do conhecimento na Educação dos alunos disléxicos, os professores e os alunos só terão a ganhar. Os alunos irão se interessar mais pela leitura, tornando-se mais criativos, afetivos, inteligentes e compreensivos. E o professor por sua vez estará favorecendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e psicomotor dos disléxicos.
O lúdico não deve ser utilizado apenas como um momento para propiciar diversão e prazer, ou para o tratamento com os disléxicos. Deve ser utilizado também como um auxílio para outras disciplinas, e principalmente, deve ser utilizada como um recurso que propiciará um maior interesse pela leitura. Pois a maior dificuldade do disléxico está na capacidade de ler, escrever, interpretar e produzir.
Com o interesse do professor em utilizar o lúdico como um auxílio permanente em suas aulas, e do psicopedagogo em utilizar a ludicidade para o tratamento da dislexia, dificilmente os alunos disléxicos ficarão dispersos no momento de ensino-aprendizagem. Se o professor e o psicopedagogo diversificam o momento do ensino e do tratamento por meio do lúdico, resgata no aluno a criatividade, a percepção e o desenvolvimento da aprendizagem.
No decorrer de toda a dissertação, foi oferecidas dicas de como utilizar o lúdico a fim de evitar o fracasso inesperado tanto dentro quanto fora da escola, devido à dislexia. Não se deve esquecer que cada aluno com dislexia tem uma necessidade, uma expectativa e dificuldades diferentes. O professor deve estar atento a estas características, para não causar nenhum trauma a seus alunos. Depois de observar os sinais que os alunos transmitem, deve encaminhar para uma equipe de especialista para fazer o devido diagnóstico e comunicar a família, até mesmo para deixá-la ciente do que está acontecendo, e contar com seu apoio para auxiliar no desenvolvimento global das crianças disléxicas.
Com o intuito de influenciar positivamente os profissionais ligados à educação, a dissertação traz novas idéias de como tratar a dislexia por meio do lúdico no ambiente escolar e extra escolar. A pesquisa realizada e embasada em teóricos, também pode ser utilizada por toda a comunidade escolar, podendo usufruir e aproveitar dos benefícios trazidos pelo lúdico no tratamento do distúrbio genético e hereditário. Quando o aluno disléxico usufrui e acredita no mundo do faz de conta, e participa de atividades corporais, o mesmo amadurece suas idéias e opiniões, podendo colocá-las em práticas em determinadas situações.
Existem várias circunstâncias que dificultam a utilização do lúdico no âmbito escolar, para tratar a dislexia. E devido estas circunstâncias, problemas surgem e crescem progressivamente. É preciso que a escola esteja ciente das verdadeiras necessidades, dificuldades e expectativas dos disléxicos, a fim de diminuir e até acabar com tantos problemas advindos por meio da dislexia. Cabe ao professor, ao psicopedagogo e a família, a responsabilidade de procurar a melhor maneira de utilizar o lúdico, a fim de favorecer no tratamento da dislexia. A criança disléxica em fase escolar e o lúdico são indissociáveis, requer habilidades específicas ao trabalhá-la, mas por outro lado, beneficia a apreensão da realidade.
Espera-se que os estudos relacionados à dislexia, não estaquem por aqui. Que os leitores, psicopedagogos, pedagogos, professores, estudantes e toda a comunidade escolar, possam investir nessa pesquisa, favorecendo uma maior inserção do lúdico no tratamento de crianças disléxicas na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

terça-feira, 22 de julho de 2008

MATERIAL COMPLEMENTAR


TÉCNICAS APLICADAS

Antes mesmo de fazer o curso de Alfabetização e Linguagem, tive a oportunidade de fazer uma Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Lá me deparei com vários assuntos interessantes. Mas um em especial chamou mais minha atenção, sendo a Dislexia. Percebi que aquela teoria, realmente existia dentro das salas de aula. Então resolvi investir no assunto, pesquisei, observei, fiz entrevistas, sempre com o intuito de me aprofundar.
Produzi alguns textos referentes às pesquisas e aos estágios realizados. Durante o curso, nas explicações, leituras e debates, sempre percebia que tinha a ver com o meu tema estudado. Então resolvi aproveitar algumas de minhas produções, para enriquecer ainda mais meu Portfólio.
As atividades que citarei estão envolvidas com textos. Com utilização das mesmas, tentei fazer com que os alunos se tornassem mais ativos, críticos, procurando fazer um paralelo com sua realidade.
Todas estas atividades foram aplicadas em uma escola pública localizada em Taguatinga Distrito Federal no ano de 2006.
Algumas atividades foram: Intervenção contando a história do Cocozinho e do Cric, Crec, Crás; Parada Literária com a história da Sementinha Bailarina e Relaxamento Luz de Amor.

Atividade de Intervenção

Usando a técnica da “audição”, com objetivo de desenvolver o respeito mútuo entre colegas que apresentam características diferentes. Foi necessário uma sala ampla e cerca de 4 horas.
Contei a história do cocozinho que saiu na revista Nova Escola. Pedi para que escrevessem uma história que também fala sobre a importância de cada pessoa.
Tiveram que fazer um desenho representando a história contada. Depois dramatizaram a história do cocozinho para as outras turmas.
Assim que apresentaram, li para eles a moral da história do cocozinho.
A avaliação pode ser feita de várias formas, podendo analisar a produção literária e artística dos alunos. Sem deixar de analisar também sua dramatização.
A história contada foi a seguinte:

O pobre cocozinho


Era uma vez um cocô. Um cocozinho feio e fedidinho, jogado no pasto de uma fazenda. Coitado do cocô! Desde que veio ao mundo, ele vinha tentando conversar com alguém, fazer amigos, mas quem passava por ali não queria saber dele:
- Hum! Que coisa fedida! – Diziam as crianças.
- Cuidado! Não encostem na sujeira! – Avisavam os adultos.
E o cocozinho, sozinho, passava o tempo cantando, triste:
Sou um pobre cocozinho
Tão feinho, fedidinho
Eu não sirvo para nada
Ninguém quer saber de mim...
De vez em quando ele via uma criança e torcia para que ela chegasse perto dele, mas era sempre a mesma coisa:
- Olha a porcaria! – repetiam todos.
Não restava nada para o cocô fazer, a não ser cantar baixinho:
Sou um pobre cocozinho
Tão feinho, fedidinho
Eu não sirvo para nada
Ninguém quer saber de mim...
Um dia ele viu que um homem se aproximava;
Já imaginando o que ia acontecer, o cocozinho se encolheu.
“Mais um que vai me xingar”, pensou. Mas... Oh! Surpresa! O homem foi chegando, abrindo um sorriso, e seu rosto se iluminou:
- Mas que maravilha! Que belo cocô! Era exatamente disso que eu precisava.
O cocô nem acreditava no que estava ouvindo. Maravilha, ele? Precisando?
Aquele homem não era maluco, não. Era um jardineiro.
E, usando uma pá, com todo o cuidado, ele levou o cocozinho para um lindo jardim.
Ali, acomodou-o na terra, ao pé de uma roseira. E, depois, de alguns dias, o cocozinho percebeu, feliz e orgulhoso, que, graças a sua força, a roseira tinha feito brotar uma magnífica rosa vermelha, bela e perfumada.
Rosane Pampolha


Moral da história do cocozinho

A história contada tem como personagem principal um cocozinho. Todas as pessoas que passavam por ele, discriminavam, xingavam e mantinham a maior distância possível. O mesmo foi tão discriminado, que passou a acreditar que não servia para nada, além de feder e enfeiar o ambiente.
Desta forma se isolou. O que não sabia ele e as outras pessoas que o humilharam, é que ele também tem uma utilidade muito importante no meio em que vive. Com sua ajuda, as plantas ficam mais fortes, oferecendo flores e frutos.
Assim como o cocozinho, todas as pessoas com deficiência ou não, têm sua importância no mundo em que vive. São as diferenças que nos completam. É preciso acabar com o preconceito. Uma maneira de fazer isso é respeitando as necessidades e dificuldades de cada um. Ninguém é melhor do que ninguém, e por isso uns precisam dos outros.

Atividade de intervenção com a história do cric, crec, crás (medos e desafios)

Usando a técnica “comunicação e imaginação”, onde os alunos terão que recriar um final para uma história de terror.


Cric, crec, crás!

Pedro estava olhando para o teto. Pela janela do quarto entravam as sombras dos carros que passavam pela rua. Ele estava de cama, com gripe: dor de garganta, moleza, febre. Ele queria estar lá fora, na quadra, jogando bola com amigos. Por que não podia ser como Bidogo, que nunca ficava doente?
Ele podia ficar na sala, vendo televisão. Mas a mãe tinha mandado que ficasse no quarto, debaixo das cobertas.
- Quem mandou você ser obediente?
O Bidogo miou estridente e se arrepiou todo, como se tivesse visto assombração. Pulou no colo de Pedro, tremendo. O dono do gato ficou com a barriga gelada. Ele não tinha falado aquilo.
- Ô, lorpa! – Disse aquele alguém. Não reconhece a própria voz?
Pedro tentou sair correndo do quarto, mas seu corpo não obedeceu. O reflexo de seu corpo se mexeu: enfiou um dedo em cada olho e arrancou. Ele tentou raciocinar:
- Se eu estivesse sem olhos, eu não estaria vendo isso... Aí ele viu os próprios olhos na palma da mão do reflexo!
- Que loucura! Minha imaginação está zoando comigo! É a febre!
Pedro tentou acreditar nisso, mas desistiu. Porque seu reflexo estava com dois buracos escuros onde antes estavam os olhos. E pelas paredes escorria sangue. E de baixo para cima!
O menino deu um pulo, pegou o cobertor, cobriu o espelho. E ouviu:
- Sai dessa! Você não vai me impedir!
Cric! Esse som fez o gelado se espalhar por todo o corpo. Crec! Aquela voz que era dele e não era, avisou:
- Eu vou sair e barbarizar!
Pedro olho em volta pensando em pôr um móvel na frente do espelho, mas não deu tempo. Veio o terceiro e mais horripilante dos sons: Crás!
E aí foi um silêncio tão forte que deu para Pedro ouvir as batidas de seu coração. Ele sentiu alguma coisa passar pelo teto do quarto. Mas, quando olhou, só viu as sombras dos carros.
Pedro respirou fundo e puxou o cobertor que estava tapando o espelho. Ele viu a cama atrás dele, a janela, as sombras passando pela cortina... e só. Como um vampiro, ele não estava mais refletido no espelho!
De olhos fechados, ele se apalpou para saber se ainda tinha braços, pernas e outras partes tão ou mais importantes. Ficou aliviado, porque ainda estava tudo lá. Mas o alívio durou pouco. Quando abriu os olhos, viu o quarto como se estivesse dentro do espelho. Ele estava preso. E seu reflexo estava solto!
Lá de fora vieram gritos desesperados da irmã. Da amiga da irmã. E da faxineira. A porta se abriu. Sua irmã e a amiga entram berrando, como se estivessem fugindo. Pedro tentou ir até elas. Mas bateu com a cabeça no vidro do espelho. E sentiu vontade de gritar. Mas não saiu nada. As meninas berraram mais um pouco e desmaiaram. Pela porta aberta Pedro viu passar a faxineira. Logo depois, o machado do pai dele passou zumbindo na mesma direção.
Que barulho foi aquele que Pedro ouviu? O machado cravando numa porta?
Escureceu de repente, apesar de ainda se dia. E o ar ficou gelado. Saiu fumaça de sua boca quando Pedro soltou um soluço doído. Sua mãe entrou no quarto. Ela também estava chorando.
- Me ajuda, filho. Tem uma “coisa” solta em casa. Uma “coisa” que parece com você, mas que não é humana. Uma “coisa” assustadora. Agressiva. Violenta. Assassina...
Pedro tentou responder. Mas percebeu pelo rosto da mãe que a voz não passava pelo vidro do espelho. Ele viu a “coisa” entrando no quarto.
Foi então que...
Flávio de Souza
Depois de ter contado a história, pedi para que continuasse, ou seja, para que inventassem um fim para a mesma. Depois que escreveram, também tiveram a oportunidade de desenharam. Todos os desenhos ficaram afixados no mural da sala da biblioteca.

Atividade da parada literária

Além de contar e dramatizar histórias, todas as sextas-feiras toda a escola parava para o projeto “Parada Literária”. Esta parada ocorria das 08:00 às 09:00 horas, sendo 1 hora de leitura prazerosa. Onde todas as pessoas que se encontravam dentro da escola, como diretores, professores, alunos, servidores, cantineiros, pais e outros, teriam que parar de fazer o que estavam fazendo para ler livros literários, notícia de jornal, revista, artigo dentre outros.
Antes de cada um começar sua leitura individual, a orientadora pedagógica da escola iniciava com uma leitura.
Referente à história do dia a técnica utilizada seria da “imaginação livre”, com objetivo de desenvolver a capacidade de interpretar e criar suas próprias opiniões. Depois de ouvir a história atentamente e imaginar os acontecimentos, os alunos teriam que confeccionar livros com suas produções artísticas e textuais.
O texto foi o seguinte:


A Sementinha Bailarina

Faltavam poucas sementinhas para partir. Eu, como as outras mais novas, esperava a minha vez. Devia ser naquela manhã.
Esperávamos pela passagem do vento, que seria o nosso automóvel. Vi quando ele vinha lá longe e avisei minhas irmãs.
O vento foi chegando e fomos levadas pelos ares, virando cambalhotas.
Aos poucos, fomos nos separando umas das outras. Fiquei sozinha.
Durante a viagem, reconheci alguns dos passarinhos que voava por cima de mim, quando ainda morava com minhas irmãs. Quis conversar com ele: impossível naquele sobe-e-desce. Num minuto eu estava pertinho do céu e via lá embaixo, tudo pequeno! Noutro, descia bem rente da terra e via tudo crescendo para mim.
Num dos momentos em que estava bem no alto, um outro pé de vento me chutou para a terra. Eu vim caindo, rodopiando, até bater numa coisa dura que me deixou atordoada. Logo que pude olhar em volta, vi que estava em cima de uma pedra. Lembrei-me que podia viver em quase todos os lugares, exceto nas pedras.
Comecei a gritar, suplicando ao vento que me levasse mais adiante. Mas ele já lá longe e não me ouviu.
O sol estava quente e eu sentia sede. Estava quase desmaiando quando uma menina passou correndo, esbarrou em mim e derrubou-me. Mal cheguei ao chão, um pezinho descalço apertou-me na terra. Tive a impressão de que o pezinho nunca mais sairia de cima de mim.
Quando finalmente me vi livre, percebi que não enxergava. Mas não estava cega, não. É que eu estava embaixo da terra. Por alguns dias, não veria a luz do sol. Mas ali e eu tinha ar, água e tudo que necessitava para me tornar uma plantinha viçosa.
Já sentia saudades da planta de onde viera e do jardim cheio de flores onde eu morava. Lá eu não trabalhava. Morava na flor e tudo o que havia de melhor para comer, a raiz nos mandava. Agora, porém, tinha de trabalhar. Desse momento em diante, começava a viver minha verdadeira vida de sementinha.
autor desconhecido

Depois da leitura, puderam ler suas histórias desejadas.
Cada professor aproveita este momento para trabalhar de forma variada e diversificada com os alunos, sempre com o objetivo de torná-los leitores ativos.

Atividade de relaxamento

O relaxamento é aplicado todas as segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras, depois do intervalo. Usando a técnica do “relaxamento”, com objetivo de fazer com que fiquem mais calmos, para que desenvolvam ainda mais sua aprendizagem.
o relaxamento aplicado foi o seguinte:
Luz de amor
Fecho os olhos... Etc.
Sinto que se acende uma luzinha em meu coração... Ilumina meu interior... Atravessa minha pele... Expande-se e se junta a outras luzes... Juntas, formam uma grande luz... Uma luz cheia de amor... A luz de Amor se expande por toda a sala... Pela escola... Por todo o bairro... Pela cidade... Por todo o país...
A luz de amor envolve todo o mundo... Ajudo a cobrir todo o mundo com essa luz de amor... Vejam como as longínquas galáxias, com sua luz de amor, fazem brilhar todo o planeta Terra... Sinto um grande amor por tudo... Por todos... Desfruto essa sensação... Tenho prazer com essa energia que envolve tudo...
Volto ao meu lugar, nesta sala, neste dia, sabendo que a luz de amor está sempre em meu coração.
EUGÊNIA PUEBLA

Atividade:
Depois do relaxamento, pedi para que desenhassem a forma com que imaginam a luz do amor. Depois cada um apresentou seu desenho e contou uma história do mesmo.
Além de trabalhar com a comunicação, trabalhei a imaginação de cada um dos alunos.