quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DÉCIMO NONO ENCONTRO


QUINTA FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2008


Antes de começar a relatar sobre o encontro e de fazer paralelo com minha sala de aula, gostaria de prestar uma homenagem, à todas aquelas pessoas que estiveram envolvidas direta e indiretamente no acidente de 11 de setembro de 2001. Onde terroristas chocaram aviões contra as Torres Gêmeas nos Estados Unidos. Que as pessoas não se esqueçam e nem se conformem com tamanha tragédia. Que Deus possa confortar a família destas pessoas....


Na aula de hoje, estudamos Mudança Linguística (fascículo 6).

Escutamos a história "O menino que carregava água na peneira."

A aula foi em relação ao filme "Desmundo". Um filme que chocou algumas pessoas do curso. Na verdade, quando me lembro do filme, me embrulha o estômago. Também preciso fazer uma ressalva sobre uma postagem em relação ao filme que assistimos. Tenho a alegria de dizer, que apesar de tanta crueldade, tenho um esposo muito companheiro e que jamais fez comigo o que aquele homem fez com a mulher do filme. Como não posso fazer com que todas as pessoas tenham bons maridos, gostaria de enfatizar que sou muito feliz com o meu.

Voltando ao assunto da aula, fizemos um debate sobre o filme. Respondemos 4 perguntas e demos enfoque à uma cena que nos chocou muito, que foi o momento em que a Mocinha foi entregue como uma COISA àquele homem.

A linguagem que utilizavam no filme era confusa e diferente. O idioma era o português, mas pouco entendi, foi necessário legenda para compreender.

Apareceram as seguintes expressões:

Pode irribar- levantar

Mutias- muitas

Vinde- venham

Deriba- desce

Gracias- obrigado

Desposar- casar

Também falavam frases que hoje já não fazem parte do nosso contexto como:

Parir pelo sovaco;

besta tu és;

mui desejadas.


As mulheres eram tratadas como bichos. Um exemplo de bicho é o cavalo, onde uma senhora olhava os dentes das meninas, para saber se estavam bem conservadas.

As roupas que usavam cobriam todo o corpo.

A igreja católica estava presente, pregando o catolicismo e explorando a mão de obra dos índios.

A mulher do filme era uma guerreira, apesar de achar que ela nadou, nadou, nadou e morreu na praia. Pois não conseguiu se livrar daquele marido grosso, e ainda teve o homem que amava assassinado.

Realmente, a vida não é da forma que queremos...

Em uma aula de história com meus alunos, falamos da doutrina católica, e eles mesmos chegaram a conclusão de que os índios na maioria das vezes eram tratados como os escravos. Que as mulheres não tinham os mesmos direitos que os homens, e que até hoje existe a discriminação.

Sobre estas palavras citadas anteriormente, levei para sala de aula, e pedi para que tentassem adivinhar o que significava. Para a palavra MUTIAS eles acertaram. Para a palavra DESPOSAR acharam que significava DEPOIS. Para IRRIBAR, falaram que era CHORAR. Eles têm uma imaginação bem criativa.

Aproveitei o assunto para falar que a língua portuguesa é uma língua viva, e que esta em constante mudança, mesmo que lenta. Falei sobre as novas normas e alguns já estavam sabendo.

Devemos estar preparados para mudanças. Acredito que já esteja.

Um comentário:

sadrianna disse...

Acho bem interessante esse link que faz com o conteúdo do curso e sua sala de aula.
Acredita que há diretores que dizem não ver diferença nas aulas dos professores que fazem este curso de formação continuada?