quinta-feira, 31 de julho de 2008

RELATOS DO DÉCIMO QUARTO ENCONTRO

31 DE JULHO DE 2008

“Cada um lê com os olhos que tem
E interpreta a partir de onde os pés pisam.”
Boff

Conteúdo: Gêneros e tipos textuais (fascículo 2).

A aula iniciou-se com uma dinâmica já conhecida. Onde cada um de nós teríamos que entregar o presente para uma pessoa que achássemos engraçada, alegre, dedicada, organizada, que transmitia paz e outros. Ao final, todos puderam desfrutar dos chocolates que tinham dentro da caixa de presente.
Hoje a aula fez com que eu abrisse os olhos para algo que nunca havia me chamado atenção, estou falando da Mini-série da TV Globo “Hoje é dia de Maria”.
Todos os capítulos estavam ligados diretamente ao mundo imaginário. Cada história fazia um paralelo com histórias literárias. Algumas das histórias nunca nem tinha ouvido falar.
A cada capítulo, a tutora iria explicando com qual história fazia paralelo. Os próprios colegas fizeram comparações.
Na mini-série “Hoje é dia de Maria”, havia narrador, cantigas de roda, ditados populares e outros. O objetivo desta mini-série é o resgate da infância por meio de sonhos.
As comparações foram muito interessantes, até estou pensando em procurar nas locadoras este arquivo para poder analisar melhor a história.
Depois da análise, a tutora explicou as três apostilas que nos entregou. Pediu para fazermos a atividade 8 do tangran. Onde tínhamos que descrever figuras formadas com o tangran, e pedir para os outros colegas adivinharem, foi muito interessante, estou pensando em fazer a brincadeira em minha sala de aula. Descrevi a figura 14 (esta sentando com os joelhos juntos e com uma pequena inclinação da cabeça) e a figura 11 (esta pulando para agarrar uma bola).
Fizemos análises das descrições dos colegas. Realizamos a auto avaliação do encontro.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

CONSIDERAÇÕES ATÉ O DIA DE HOJE


CONSIDERAÇÕES FINAIS DO SEMESTRE


O professor pode e deve fazer uso do lúdico como um recurso que auxiliará no desenvolvimento do aluno, além de ser uma nova e prazerosa maneira de ensinar brincando. O aluno quando é instigado a gostar da leitura, aprende a ver o mundo com outros olhos, passa a interpretar as situações do mundo real por meio das viagens que faz ao mundo do faz de conta, por meio da leitura dos textos e das imagens dos livros infantis. Além de poder transmitir suas emoções pelos jogos e brincadeiras. Poderá se expressar sem ter medo errar.
Por meio da leitura o aluno pode ser incentivado a melhorar a escrita, ser criativo, poderá se divertir, distrair, soltar a imaginação para poder produzir e ainda propicia o desenvolvimento da aprendizagem.
Quando o lúdico é utilizado como uma prática didática metodológica para o processo de construção do conhecimento na Educação dos alunos, os professores e os alunos só terão a ganhar. Os alunos irão se interessar mais pela leitura, tornando-se mais criativos, afetivos, inteligentes e compreensivos. E o professor por sua vez estará favorecendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e psicomotor dos alunos.

MENSAGEM...




“O bom leitor não se faz por acaso. Quase sempre é formado na infância, antes mesmo de saber ler, através do contato com a literatura infantil e de experiências positivas no início da alfabetização.”


Marlene Carvalho

MINHA PESQUISA....


REFLEXÃO SOBRE DISLEXIA

Alguns comentários da área do senso comum criticam a dislexia, visam-na como uma doença adquirida por falta de interesse, preguiça, falta de acompanhamento dos pais ou até uso de metodologia inadequado utilizado pelo professor. A dislexia não pode ser vista apenas como uma doença adquirida, pois se for assim, as suas causas, sintomas e sinais se perderão no meio de tantas informações na maioria das vezes inúteis.
A dislexia deve ser vista como um distúrbio genético e hereditário que faz com que a pessoa apresente dificuldade em ler, escrever, compreender, falar publicamente, não ter noção de espaço e tempo. Algumas vezes a dislexia pode ser adquirida, mas não pelas opiniões citadas no início do texto, mas pode ser adquirida por algum acidente, comprometendo os ligamentos e as funções do lado esquerdo do cérebro.
Para que a dislexia possa ser tratada adequadamente, primeiramente é necessário que a família e o professor observem o comportamento da criança. Se a mesma apresentar sinais de dislexia, o mesmo deve encaminhar para uma equipe de especialistas como o psicopedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta, psicólogo e outros. A criança sendo diagnosticada como disléxica, deverá ter um tratamento adequado a fim de evitar o fracasso inesperado.
O professor, o psicopedagogo e a família podem fazer uso do lúdico como um recurso que auxiliará no tratamento da dislexia, além de ser uma nova e prazerosa maneira de ensinar brincando. O aluno disléxico quando é instigado a gostar da leitura, aprende a ver o mundo com outros olhos, passa a interpretar as situações do mundo real por meio das viagens que faz ao mundo do faz de conta, por meio da leitura dos textos e das imagens dos livros infantis. Além de poder transmitir suas emoções pelos jogos e brincadeiras. Poderá se expressar sem ter medo errar.
Por meio do lúdico o disléxico pode ser incentivado a gostar da leitura, melhorar a escrita, ser criativo, poderá se divertir, distrair, soltar a imaginação para poder produzir e ainda propicia o desenvolvimento da aprendizagem.
Quando o lúdico é utilizado como uma prática didática metodológica para o processo de construção do conhecimento na Educação dos alunos disléxicos, os professores e os alunos só terão a ganhar. Os alunos irão se interessar mais pela leitura, tornando-se mais criativos, afetivos, inteligentes e compreensivos. E o professor por sua vez estará favorecendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e psicomotor dos disléxicos.
O lúdico não deve ser utilizado apenas como um momento para propiciar diversão e prazer, ou para o tratamento com os disléxicos. Deve ser utilizado também como um auxílio para outras disciplinas, e principalmente, deve ser utilizada como um recurso que propiciará um maior interesse pela leitura. Pois a maior dificuldade do disléxico está na capacidade de ler, escrever, interpretar e produzir.
Com o interesse do professor em utilizar o lúdico como um auxílio permanente em suas aulas, e do psicopedagogo em utilizar a ludicidade para o tratamento da dislexia, dificilmente os alunos disléxicos ficarão dispersos no momento de ensino-aprendizagem. Se o professor e o psicopedagogo diversificam o momento do ensino e do tratamento por meio do lúdico, resgata no aluno a criatividade, a percepção e o desenvolvimento da aprendizagem.
No decorrer de toda a dissertação, foi oferecidas dicas de como utilizar o lúdico a fim de evitar o fracasso inesperado tanto dentro quanto fora da escola, devido à dislexia. Não se deve esquecer que cada aluno com dislexia tem uma necessidade, uma expectativa e dificuldades diferentes. O professor deve estar atento a estas características, para não causar nenhum trauma a seus alunos. Depois de observar os sinais que os alunos transmitem, deve encaminhar para uma equipe de especialista para fazer o devido diagnóstico e comunicar a família, até mesmo para deixá-la ciente do que está acontecendo, e contar com seu apoio para auxiliar no desenvolvimento global das crianças disléxicas.
Com o intuito de influenciar positivamente os profissionais ligados à educação, a dissertação traz novas idéias de como tratar a dislexia por meio do lúdico no ambiente escolar e extra escolar. A pesquisa realizada e embasada em teóricos, também pode ser utilizada por toda a comunidade escolar, podendo usufruir e aproveitar dos benefícios trazidos pelo lúdico no tratamento do distúrbio genético e hereditário. Quando o aluno disléxico usufrui e acredita no mundo do faz de conta, e participa de atividades corporais, o mesmo amadurece suas idéias e opiniões, podendo colocá-las em práticas em determinadas situações.
Existem várias circunstâncias que dificultam a utilização do lúdico no âmbito escolar, para tratar a dislexia. E devido estas circunstâncias, problemas surgem e crescem progressivamente. É preciso que a escola esteja ciente das verdadeiras necessidades, dificuldades e expectativas dos disléxicos, a fim de diminuir e até acabar com tantos problemas advindos por meio da dislexia. Cabe ao professor, ao psicopedagogo e a família, a responsabilidade de procurar a melhor maneira de utilizar o lúdico, a fim de favorecer no tratamento da dislexia. A criança disléxica em fase escolar e o lúdico são indissociáveis, requer habilidades específicas ao trabalhá-la, mas por outro lado, beneficia a apreensão da realidade.
Espera-se que os estudos relacionados à dislexia, não estaquem por aqui. Que os leitores, psicopedagogos, pedagogos, professores, estudantes e toda a comunidade escolar, possam investir nessa pesquisa, favorecendo uma maior inserção do lúdico no tratamento de crianças disléxicas na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

terça-feira, 22 de julho de 2008

MATERIAL COMPLEMENTAR


TÉCNICAS APLICADAS

Antes mesmo de fazer o curso de Alfabetização e Linguagem, tive a oportunidade de fazer uma Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Lá me deparei com vários assuntos interessantes. Mas um em especial chamou mais minha atenção, sendo a Dislexia. Percebi que aquela teoria, realmente existia dentro das salas de aula. Então resolvi investir no assunto, pesquisei, observei, fiz entrevistas, sempre com o intuito de me aprofundar.
Produzi alguns textos referentes às pesquisas e aos estágios realizados. Durante o curso, nas explicações, leituras e debates, sempre percebia que tinha a ver com o meu tema estudado. Então resolvi aproveitar algumas de minhas produções, para enriquecer ainda mais meu Portfólio.
As atividades que citarei estão envolvidas com textos. Com utilização das mesmas, tentei fazer com que os alunos se tornassem mais ativos, críticos, procurando fazer um paralelo com sua realidade.
Todas estas atividades foram aplicadas em uma escola pública localizada em Taguatinga Distrito Federal no ano de 2006.
Algumas atividades foram: Intervenção contando a história do Cocozinho e do Cric, Crec, Crás; Parada Literária com a história da Sementinha Bailarina e Relaxamento Luz de Amor.

Atividade de Intervenção

Usando a técnica da “audição”, com objetivo de desenvolver o respeito mútuo entre colegas que apresentam características diferentes. Foi necessário uma sala ampla e cerca de 4 horas.
Contei a história do cocozinho que saiu na revista Nova Escola. Pedi para que escrevessem uma história que também fala sobre a importância de cada pessoa.
Tiveram que fazer um desenho representando a história contada. Depois dramatizaram a história do cocozinho para as outras turmas.
Assim que apresentaram, li para eles a moral da história do cocozinho.
A avaliação pode ser feita de várias formas, podendo analisar a produção literária e artística dos alunos. Sem deixar de analisar também sua dramatização.
A história contada foi a seguinte:

O pobre cocozinho


Era uma vez um cocô. Um cocozinho feio e fedidinho, jogado no pasto de uma fazenda. Coitado do cocô! Desde que veio ao mundo, ele vinha tentando conversar com alguém, fazer amigos, mas quem passava por ali não queria saber dele:
- Hum! Que coisa fedida! – Diziam as crianças.
- Cuidado! Não encostem na sujeira! – Avisavam os adultos.
E o cocozinho, sozinho, passava o tempo cantando, triste:
Sou um pobre cocozinho
Tão feinho, fedidinho
Eu não sirvo para nada
Ninguém quer saber de mim...
De vez em quando ele via uma criança e torcia para que ela chegasse perto dele, mas era sempre a mesma coisa:
- Olha a porcaria! – repetiam todos.
Não restava nada para o cocô fazer, a não ser cantar baixinho:
Sou um pobre cocozinho
Tão feinho, fedidinho
Eu não sirvo para nada
Ninguém quer saber de mim...
Um dia ele viu que um homem se aproximava;
Já imaginando o que ia acontecer, o cocozinho se encolheu.
“Mais um que vai me xingar”, pensou. Mas... Oh! Surpresa! O homem foi chegando, abrindo um sorriso, e seu rosto se iluminou:
- Mas que maravilha! Que belo cocô! Era exatamente disso que eu precisava.
O cocô nem acreditava no que estava ouvindo. Maravilha, ele? Precisando?
Aquele homem não era maluco, não. Era um jardineiro.
E, usando uma pá, com todo o cuidado, ele levou o cocozinho para um lindo jardim.
Ali, acomodou-o na terra, ao pé de uma roseira. E, depois, de alguns dias, o cocozinho percebeu, feliz e orgulhoso, que, graças a sua força, a roseira tinha feito brotar uma magnífica rosa vermelha, bela e perfumada.
Rosane Pampolha


Moral da história do cocozinho

A história contada tem como personagem principal um cocozinho. Todas as pessoas que passavam por ele, discriminavam, xingavam e mantinham a maior distância possível. O mesmo foi tão discriminado, que passou a acreditar que não servia para nada, além de feder e enfeiar o ambiente.
Desta forma se isolou. O que não sabia ele e as outras pessoas que o humilharam, é que ele também tem uma utilidade muito importante no meio em que vive. Com sua ajuda, as plantas ficam mais fortes, oferecendo flores e frutos.
Assim como o cocozinho, todas as pessoas com deficiência ou não, têm sua importância no mundo em que vive. São as diferenças que nos completam. É preciso acabar com o preconceito. Uma maneira de fazer isso é respeitando as necessidades e dificuldades de cada um. Ninguém é melhor do que ninguém, e por isso uns precisam dos outros.

Atividade de intervenção com a história do cric, crec, crás (medos e desafios)

Usando a técnica “comunicação e imaginação”, onde os alunos terão que recriar um final para uma história de terror.


Cric, crec, crás!

Pedro estava olhando para o teto. Pela janela do quarto entravam as sombras dos carros que passavam pela rua. Ele estava de cama, com gripe: dor de garganta, moleza, febre. Ele queria estar lá fora, na quadra, jogando bola com amigos. Por que não podia ser como Bidogo, que nunca ficava doente?
Ele podia ficar na sala, vendo televisão. Mas a mãe tinha mandado que ficasse no quarto, debaixo das cobertas.
- Quem mandou você ser obediente?
O Bidogo miou estridente e se arrepiou todo, como se tivesse visto assombração. Pulou no colo de Pedro, tremendo. O dono do gato ficou com a barriga gelada. Ele não tinha falado aquilo.
- Ô, lorpa! – Disse aquele alguém. Não reconhece a própria voz?
Pedro tentou sair correndo do quarto, mas seu corpo não obedeceu. O reflexo de seu corpo se mexeu: enfiou um dedo em cada olho e arrancou. Ele tentou raciocinar:
- Se eu estivesse sem olhos, eu não estaria vendo isso... Aí ele viu os próprios olhos na palma da mão do reflexo!
- Que loucura! Minha imaginação está zoando comigo! É a febre!
Pedro tentou acreditar nisso, mas desistiu. Porque seu reflexo estava com dois buracos escuros onde antes estavam os olhos. E pelas paredes escorria sangue. E de baixo para cima!
O menino deu um pulo, pegou o cobertor, cobriu o espelho. E ouviu:
- Sai dessa! Você não vai me impedir!
Cric! Esse som fez o gelado se espalhar por todo o corpo. Crec! Aquela voz que era dele e não era, avisou:
- Eu vou sair e barbarizar!
Pedro olho em volta pensando em pôr um móvel na frente do espelho, mas não deu tempo. Veio o terceiro e mais horripilante dos sons: Crás!
E aí foi um silêncio tão forte que deu para Pedro ouvir as batidas de seu coração. Ele sentiu alguma coisa passar pelo teto do quarto. Mas, quando olhou, só viu as sombras dos carros.
Pedro respirou fundo e puxou o cobertor que estava tapando o espelho. Ele viu a cama atrás dele, a janela, as sombras passando pela cortina... e só. Como um vampiro, ele não estava mais refletido no espelho!
De olhos fechados, ele se apalpou para saber se ainda tinha braços, pernas e outras partes tão ou mais importantes. Ficou aliviado, porque ainda estava tudo lá. Mas o alívio durou pouco. Quando abriu os olhos, viu o quarto como se estivesse dentro do espelho. Ele estava preso. E seu reflexo estava solto!
Lá de fora vieram gritos desesperados da irmã. Da amiga da irmã. E da faxineira. A porta se abriu. Sua irmã e a amiga entram berrando, como se estivessem fugindo. Pedro tentou ir até elas. Mas bateu com a cabeça no vidro do espelho. E sentiu vontade de gritar. Mas não saiu nada. As meninas berraram mais um pouco e desmaiaram. Pela porta aberta Pedro viu passar a faxineira. Logo depois, o machado do pai dele passou zumbindo na mesma direção.
Que barulho foi aquele que Pedro ouviu? O machado cravando numa porta?
Escureceu de repente, apesar de ainda se dia. E o ar ficou gelado. Saiu fumaça de sua boca quando Pedro soltou um soluço doído. Sua mãe entrou no quarto. Ela também estava chorando.
- Me ajuda, filho. Tem uma “coisa” solta em casa. Uma “coisa” que parece com você, mas que não é humana. Uma “coisa” assustadora. Agressiva. Violenta. Assassina...
Pedro tentou responder. Mas percebeu pelo rosto da mãe que a voz não passava pelo vidro do espelho. Ele viu a “coisa” entrando no quarto.
Foi então que...
Flávio de Souza
Depois de ter contado a história, pedi para que continuasse, ou seja, para que inventassem um fim para a mesma. Depois que escreveram, também tiveram a oportunidade de desenharam. Todos os desenhos ficaram afixados no mural da sala da biblioteca.

Atividade da parada literária

Além de contar e dramatizar histórias, todas as sextas-feiras toda a escola parava para o projeto “Parada Literária”. Esta parada ocorria das 08:00 às 09:00 horas, sendo 1 hora de leitura prazerosa. Onde todas as pessoas que se encontravam dentro da escola, como diretores, professores, alunos, servidores, cantineiros, pais e outros, teriam que parar de fazer o que estavam fazendo para ler livros literários, notícia de jornal, revista, artigo dentre outros.
Antes de cada um começar sua leitura individual, a orientadora pedagógica da escola iniciava com uma leitura.
Referente à história do dia a técnica utilizada seria da “imaginação livre”, com objetivo de desenvolver a capacidade de interpretar e criar suas próprias opiniões. Depois de ouvir a história atentamente e imaginar os acontecimentos, os alunos teriam que confeccionar livros com suas produções artísticas e textuais.
O texto foi o seguinte:


A Sementinha Bailarina

Faltavam poucas sementinhas para partir. Eu, como as outras mais novas, esperava a minha vez. Devia ser naquela manhã.
Esperávamos pela passagem do vento, que seria o nosso automóvel. Vi quando ele vinha lá longe e avisei minhas irmãs.
O vento foi chegando e fomos levadas pelos ares, virando cambalhotas.
Aos poucos, fomos nos separando umas das outras. Fiquei sozinha.
Durante a viagem, reconheci alguns dos passarinhos que voava por cima de mim, quando ainda morava com minhas irmãs. Quis conversar com ele: impossível naquele sobe-e-desce. Num minuto eu estava pertinho do céu e via lá embaixo, tudo pequeno! Noutro, descia bem rente da terra e via tudo crescendo para mim.
Num dos momentos em que estava bem no alto, um outro pé de vento me chutou para a terra. Eu vim caindo, rodopiando, até bater numa coisa dura que me deixou atordoada. Logo que pude olhar em volta, vi que estava em cima de uma pedra. Lembrei-me que podia viver em quase todos os lugares, exceto nas pedras.
Comecei a gritar, suplicando ao vento que me levasse mais adiante. Mas ele já lá longe e não me ouviu.
O sol estava quente e eu sentia sede. Estava quase desmaiando quando uma menina passou correndo, esbarrou em mim e derrubou-me. Mal cheguei ao chão, um pezinho descalço apertou-me na terra. Tive a impressão de que o pezinho nunca mais sairia de cima de mim.
Quando finalmente me vi livre, percebi que não enxergava. Mas não estava cega, não. É que eu estava embaixo da terra. Por alguns dias, não veria a luz do sol. Mas ali e eu tinha ar, água e tudo que necessitava para me tornar uma plantinha viçosa.
Já sentia saudades da planta de onde viera e do jardim cheio de flores onde eu morava. Lá eu não trabalhava. Morava na flor e tudo o que havia de melhor para comer, a raiz nos mandava. Agora, porém, tinha de trabalhar. Desse momento em diante, começava a viver minha verdadeira vida de sementinha.
autor desconhecido

Depois da leitura, puderam ler suas histórias desejadas.
Cada professor aproveita este momento para trabalhar de forma variada e diversificada com os alunos, sempre com o objetivo de torná-los leitores ativos.

Atividade de relaxamento

O relaxamento é aplicado todas as segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras, depois do intervalo. Usando a técnica do “relaxamento”, com objetivo de fazer com que fiquem mais calmos, para que desenvolvam ainda mais sua aprendizagem.
o relaxamento aplicado foi o seguinte:
Luz de amor
Fecho os olhos... Etc.
Sinto que se acende uma luzinha em meu coração... Ilumina meu interior... Atravessa minha pele... Expande-se e se junta a outras luzes... Juntas, formam uma grande luz... Uma luz cheia de amor... A luz de Amor se expande por toda a sala... Pela escola... Por todo o bairro... Pela cidade... Por todo o país...
A luz de amor envolve todo o mundo... Ajudo a cobrir todo o mundo com essa luz de amor... Vejam como as longínquas galáxias, com sua luz de amor, fazem brilhar todo o planeta Terra... Sinto um grande amor por tudo... Por todos... Desfruto essa sensação... Tenho prazer com essa energia que envolve tudo...
Volto ao meu lugar, nesta sala, neste dia, sabendo que a luz de amor está sempre em meu coração.
EUGÊNIA PUEBLA

Atividade:
Depois do relaxamento, pedi para que desenhassem a forma com que imaginam a luz do amor. Depois cada um apresentou seu desenho e contou uma história do mesmo.
Além de trabalhar com a comunicação, trabalhei a imaginação de cada um dos alunos.






LEITURA COMPLEMENTAR


ATIVIDADE RELEVANTE SOBRE O PROFESSOR

Para que o professor ensine os pressupostos básicos de sua disciplina, é preciso observar a realidade dos alunos, procurarem conhecer suas necessidades, dificuldades e expectativas, visando um maior desenvolvimento global dos alunos.
O professor pode estar adequando a disciplina à realidade dos alunos, por meio de debates críticos, por rever suas práticas educacionais e utilizando todos os recursos materiais e humanos possíveis. Fazendo isso, irá refletir sobre sua forma de pensar e agir, com o intuito de tentar fazer com que o ensino se torne mais democrático. Onde sua figura não seja vista como autoritária, e sim, mediadora do ensino aprendizagem.
À medida que o professor adequa sua maneira de ensinar à realidade dos alunos, será muito mais fácil contribuir para a formação dos indivíduos. Quando o professor interage e mantêm uma relação baseada no diálogo com os alunos, suas aulas tornam-se mais dinâmicas e os alunos tornam-se mais criativos, críticos, questionadores e curiosos.
O professor pode tentar influenciar e transformar o mundo de acordo com suas concepções e tendências às quais se baseia. Deve tentar ensinar conhecimentos que serão úteis aos que estão aprendendo. Deve adequar-se à realidade das escolas, que na maioria das vezes não tem o recurso adequado para a inovação do ensino.
Para tentar mudar o mundo, é necessário que o próprio professor passe por mudanças, estudando, especializando-se e inovando sempre que possível. O professor deve trabalhar junto com a família, para tentar auxiliar no desenvolvimento dos alunos. É preciso que haja interação entre ambas as partes. Deve ensinar de forma ética e moral, pois só assim os alunos terão muito mais chances de agir da mesma forma na sociedade em que vive.
O ensino ministrado nas escolas não serve apenas para que o aluno entenda a realidade. Mas que o mesmo crie e tenha atitudes para resolver determinados problemas, em situações diversificadas. O ensino também deve preparar o aluno para se situar na sociedade capitalista, por que querendo ou não, o mesmo terá de se preparar profissionalmente para atender suas respectivas necessidades.
Para que o professor elabore planos de aulas condizentes com a realidade de sua turma, é preciso tentar conhecer ao vários ângulos em que o aluno está envolvido. Se o professor necessitar de apoio, o seu papel e dever é de tentar buscar conceitos com outras pessoas como: orientadores educacionais, psicólogos escolares, professores de outras turmas, e também por meio de cursos, estudos, especializações e pesquisas, por que o tempo e os acontecimentos não param, é preciso atualizar-se.
Para planejar bem é preciso levar em consideração alguns tópicos, sendo: Possibilitar ao aluno atividades que não discriminem suas origens. Tentar atender as peculiaridades de cada um. Adequar suas aulas a era digital. Ensinar os alunos por meio de um clima harmonioso. Utilizar de recursos que facilitem a aprendizagem. Se expor por meio de uma linguagem clara e objetiva. Agir de maneira ética e paciente. Acompanhar o progresso do aluno paulatinamente. Auxiliar em seu desenvolvimento pessoal e profissional. Favorecer relações de confiança entre aluno-professor e aluno-aluno. Propor acesso da comunidade no seio da escola. Fazer com que o aluno pense, e não apenas oferecer as respostas prontas. Tornar as aulas mais descontraídas e harmoniosas. Estabelecer os objetivos das aulas e dominar o conteúdo. Favorecer uma relação baseada na cooperação, na criatividade e principalmente no respeito de ambas as partes.

domingo, 20 de julho de 2008


FATORES QUE INFLUÊNCIAM O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO



Os três fatores que interagem e influenciam no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor, são os orgânicos, psicológicos e ambientais.
Os fatores orgânicos, referem-se ao tipo de saúde que a criança tem, podendo ser deficiente. Refere-se às limitações do corpo humano, sendo por falta de uma alimentação adequada ou por deficiência de alguns de seus membros ou órgãos.
O fator orgânico pode ser analisado pelo tipo de saúde que a criança tem. Se a mesma fica doente com freqüência, se estes problemas de saúde são graveis ou simples, herdados ou gerados por falta de uma alimentação adequada, por falta de tomar os remédios necessários e se até mesmo à água que bebe é filtrada e fervida.
Se o aluno não dá conta de participar de alguma atividade psicomotora ou se não tem concentração em atividades cognitivas, pode ser por fome ou desnutrição. O psicopedagogo deve estar atento também se o aluno tem algum tipo de limitação física. Sendo por falta de algum órgão ou membro.
Analisando todos estes aspectos, deve oferecer apoio aos alunos, familiares e professores. É preciso, comunicar a família sobre o desenvolvimento do aluno, orientar professores para que adequem suas aulas, e acompanhar o progresso dos alunos.
Os fatores psicológicos, referem-se ao que está no psíquico da pessoa. É a forma como ela representa sua extravagância, timidez, nervosismo, impaciência, características da própria personalidade, forma de agir na sociedade, sentido de exclusão e inferioridade.
O fator psicológico pode ser analisado por meio de um estudo sobre o comportamento da criança. O psicopedagogo deve verificar se a criança apresenta traços de timidez por ter vergonha de falar ou brincar. Se a mesma apresenta traços de extravagância, por meio de atitudes como: gritar, rasgar atividades e quebrar brinquedos. Se apresenta traços de nervosismo, desesperando-se ou chorando quando não entende, ou não consegue concluir determinada atividade ou brincadeira. Traços de impaciência onde não espera sua vez de falar. Traços de egocentrismo, quando não quer deixar ninguém mexer no que é seu. O que na maioria das vezes é normal estar presente nos primeiros anos escolares. Se apresenta traços de que já passou por algum trauma infantil gerado por agressões ou acidente.
Analisando estas e outras situações, o psicopedagogo deve tentar trabalhar cada uma delas por meio da ludicidade e psicomotricidade. Instigando equilíbrio, criatividade, autonomia, agilidade e interesse em aprender a aprender.
Os fatores ambientais, referem-se ao tipo de educação e cultura que a criança recebe desde seu nascimento até os dias atuais, oferecido pela família, pelo meio social, pela escola e pelos meios de comunicação.
O fator ambiental deve ser analisado pela forma com que a cultura é transmitida para a criança e a maneira com que é estimulada ou não pela família. É importante que o psicopedagogo conheça e analise a relação professor aluno, aluno-aluno, a metodologia utilizada na escola, a forma com que o aluno tenta superar suas dificuldades para tentar aprender, se o ambiente cultural propicia ou não o desenvolvimento.
No decorrer das análises, o psicopedagogo deve propor ao professor que trabalhe de acordo com a realidade dos alunos, que a família ofereça suporte ao desenvolvimento global da criança, que o aluno saiba que a sociedade é formada de várias opiniões, e mesmo com tantas opiniões, é preciso que ao aluno forme sua opinião de forma íntegra e responsável, respeitando as opiniões das outras pessoas.

Considerações finais

Se a criança apresenta dificuldades é preciso conhecer seu ambiente familiar, fatores genéticos e orgânicos, tentando descobrir o que se passa em sua mente. O fracasso escolar não se refere apenas a um fator, mas a uma junção de vários fatores. É preciso que a ação do psicopedagogo leve em consideração o fator orgânico, psicológico e ambiental, para tentar identificar as causas de determinados problemas de aprendizagem. Desta forma, poderá planejar possíveis atividades que poderão solucionar estes ou outros problemas de aprendizagem.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

13º Encontro 03 de julho de 2008


RELATO DO DÉCIMO TERCEIRO ENCONTRO



Analisamos uma história em quadrinho do Chico Bento "O Orador da turma."


Trabalhamos com o fascículo 2, Gêneros e tipos.

Lemos um texto que estava dentro de uma rosquinha Mabel- Biscoito Poético.

Analisamos os slides da história em quadrinho.

Assistimos vídeo sobre gêneros textuais.

Fizemos uma avaliação do encontro.